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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Stadium Varginhense no Portal Entre-Textos

O Madureira no estádio lotado  de Xangai na China. Zezé está agachado ao centro.

Palavras elogiosas de Flávio Bittencourt a respeito da reportagem sobre José Gilson Ribeiro, o Zezé, o primeiro jogador brasileiro contratado pelo futebol alemão, publicado por este blog. Acesse o site Portal Entre-Textos e confira a publicação na íntegra:

20.12.2010 - No tempo da ditadura militar, o Madureira do Rio jogou na China de Mao - De acordo com o pesquisador da história do futebol mineiro Dílson Braga, dirigentes do CND (Conselho Nacional de Desportos) ameaçaram eliminar o Madureira do rol das associações legais. NA MEDIDA EM QUE DÍLSON BRAGA FAZ UM TRABALHO DE PESQUISA QUE DEVERIA SER FEITO POR VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA - ou, mesmo, por pesquisadores do âmbito universitário ou historiadores a serviço de instituições desportivas (LEVANTAMENTOS HISTÓRICOS CONCERNENTES) -, É EVIDENTE QUE A IMPORTÂNCIA DE SEU blog PASSA A ULTRAPASSAR O CAMPO DE ESTUDOS "história do futebol de Varginha" E COMEÇA A ABRANGER A ÁREA "como pessoas físicas podem suprir a demanda por reportagens que não foram feitas pela grande imprensa, por organizações desportivas (clubes, federações, confederações, museus do esporte) e até por grandes centros internacionais de pesquisa e preservação da memória da humanidade". Ora, se alguém não pode pesquisar - por exemplo, por estar muito ocupado - e dispõe de recursos para financiar uma pesquisa (NÃO É O CASO DE DÍLSON BRAGA, QUE, ELE PRÓPRIO, REALIZA AS PESQUISAS QUE PUBLICA), pode essa pessoa contratar jornalistas e historiadores para levantar ESTÓRIAS ESPETACULARES como as que STADIUM VARGINHENSE tem apresentado. Nesse caso, já se está falando de CAMPO DE TRABALHO NOVO, pesquisa profissional, algo que é do interesse de órgãos de classe, também: um trabalho a ser executado por quem tem intimidade com, por exemplo, pesquisa em setores de obras raras de grandes bibliotecas, investigações científicas [estudiosos com máscara hospitalar sobre o nariz e a boca, para a proteção da saúde do profissional que realiza a pesquisa histórica] em empoeirados arquivos públicos, hemerotecas, arquivos de órgãos noticiosos, setores de microfilmes de institutos históricos e geográficos e assim por diante e, às vezes, até viagens internacionais para levantamento de dados no exterior (*).
Leia, por favor, essa histórica reportagem de Dílson Braga, responsável pelo citado blog (STADIUM VARGINHENSE), sobre o saudoso Sr. Zezé, ex-jogador do Madureira, nascido em Varginha (Estado de Minas Gerais, Brasil) que foi para a Alemanha jogar no Colônia, da cidade de Colônia, ilustrada com várias fotos, sendo uma delas a do presidente Mao-Tsé Tung cumprimentando a equipe do (time de bairro do subúrbio carioca "da Central do Brasil") Madureira, no tempo da ditadura militar, no Brasil. ONDE TERÁ O PESQUISADOR DÍLSON BRAGA DESCOBERTO ESSA FOTOGRAFIA? Procuraremos, aqui, entrevistar esse blogueiro-pesquisador sobre as reportagens que ele faz. Os assuntos são relevantes: tanto as matérias de Dílson Braga quanto o seu trabalho de pesquisador que está cobrindo pautas inexplicavelmente esquecidas pela imprensa brasileira. (NO CASO DO SR. ZEZÉ, O JOGADOR DO MADUREIRA QUE FOI PARA A ALEMANHA, A IMPRENSA ALEMÃ NÃO DEIXOU passar em brancas nuvens AQUILO QUE IGUALMENTE NÃO ESCAPOU ao Stadium Varginhense, COMO VOCÊ CONSTATARÁ. F. A. L. Bittencourt (flabitten@bol.com.br)

(*) - POR EXEMPLO: A BIOGRAFIA DO EX-ATACANTE URUGUAIO ALCIDES GIGGIA INTERESSA AO ESTUDO DO IMAGINÁRIO BRASILEIRO, uma vez que foi ele "o carrasco do Brasil" no estádio do Maracanã, na partida final do Campeonato Mundial de Futebol de 1950. Numa pesquisa dessa natureza, o esforço na captação de imagem fotográfica, digamos, da edificação da residência ou hospital onde nasceu o fabuloso Giggia se torna relevante. A gravação de depoimento desse grande ex-atleta (nascido em Montevidéu, em 1926), idem. A busca de documentos, no Uruguai, também. Fica claro que a pesquisa ultrapassa as fronteiras de um só país (NA MATÉRIA DO STADIUM VARGINHENSE, COMO LOGO ADIANTE SE VERÁ [artigo a seguir transcrito, com autorização de seu autor], A CHINA E A ALEMANHA SÃO PAÍSES NÃO APENAS CITADOS, MAS FOTOGRAFADOS - e nesta nota-de-rodapé acabamos de citar outro país amigo do Brasil, O URUGUAI)!

Veja matéria publicada neste blog:
http://stadiumvarginhense.blogspot.com/2010/04/o-1-brasileiro-jogar-no-futebol-alemao.html

domingo, 19 de dezembro de 2010

O "Esquadrão" do Botafogo de Varginha


No início dos anos 60 o futebol na cidade tinha um grande “bicho-papão”: o Flamengo estava confirmado como o eterno campeão da cidade, mantendo-se anos e anos seguidos este título.
A Primeira Divisão era composta por quatro clubes: Flamengo, Bangú, Botafogo e C.B.C., que era formado por elementos exclusivamente da Companhia Brasileira de Caldeiras.
O Flamengo já possuía seu estádio, o Rubro Negro na Rua Paraná. O famoso Bangú da Rua Nova (hoje av. Major Venâncio) ocupava um campo de propriedade da “Cidade dos Meninos” na av. Major Venâncio. o C.B.C. treinava nas dependências da própria Companhia a que pertencia e, finalmente, o Botafogo, sem campo próprio, já estudava a construção de sua cancha no Parque Residencial Murad, no Bairro do Areão (hoje, Bairro de Fátima).
A Segunda Divisão Varginhense em 1961, tinha diversos clubes. Destacavam-se o Facit, Capi, América, Fluminense, Palmeiras, Ipiranga, Avea (este tentou retornar levando o nome do grande Avea do passado, mas não conseguiu sucesso ficando apenas na segundona varginhense). Na Segunda Divisão usavam o velho Estádio Sete de Setembro, o campo do Colégio Coração de Jesus e no campo do Matadouro.
A mentora do futebol de Varginha, a Liga Municipal Varginhense de Futebol, fora reestruturada recentemente e a dirigia os seguintes esportistas (1961):
Presidente, José Ribamar Soares; Vice-Presidente, Oscar Pinto; 1º Secretário, Alberto Salles; 2º Secretário, José Antônio de Matos; 1º Tesoureiro, Walton Borges; 2º Tesoureiro, Hércules Monticelli; Diretor de Esportes, Miguel Geraldi; Departamento Médico, Dr. Vivaldo Ferreira Garcia.
Nesta época teve grande repercussão a entrada do Dr. José Daphnis Mil-homens Costa, para o Departamento Técnico do Flamengo, que, daí por diante, passou a obter uma série ininterrupta de vitórias sobre os mais categorizados esquadrões que nos visitavam.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Agradecimento

Pesquisando na Internet deparei-me com o site do Prof. Dilson Lajes Monteiro que cita a reportagem do Almanaque Stadium Varginhense sobre a vinda de Dadá Maravilha para Varginha e assumir o posto de técnico de futebol pelo Flamengo. Dario Peito de Aço, o único jogador que conseguia "pairar" no ar, o Dadá Beija-Flor, folclore e competência da história do futebol mundial. Em uma das postagens Flávio Bittencourt escreveu algumas palavras sobre a publicação. Agradeço muitíssimo.

19.11.2010 - O blog Stadium Varginhense é um exemplo dos enormes benefícios que a Internet pode fazer pela história do futebol brasileiro - Imagine-se se em cada município brasileiro houvesse um BLOG como esse e um ALMANAQUE DE FUTEBOL - e, também, memoriais dos outros esportes, como das outras atividades do engenho e da arte humana - semelhante ao ALMANAQUE STADIUM VARGINHENSE!  F. A. L. Bittencourt (flabitten@bol.com.br)

Agradecendo a Dílson Braga pelo esforço de pesquisa e recontação de estórias do futebol que merecem ser universalmente divulgadas e ao jogador, depois técnico de futebol, aposentado DARIO JOSÉ DOS SANTOS, o Dadá Maravilha, a quem se deseja muita saúde e vida longa.
Dílson Braga reconta estórias da história do jogador de futebol Dadá Maravilha O Almanaque Stadium Varginhense não existiria sem a contribuição de quem conta estórias da história do futebol. [Flávio Bittencourt]

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Solúvel 1976: Vice do Sul Mineiro de Futebol Amador

Na década de 70, depois da paralização do Flamengo, o varginhense só tinha o Campeonato Sul Mineiro de Futebol Amador para acompanhar, entre os vários times formados na cidade, está o Solúvel, equipe semiprofissional patrocinada pela empresa varginhense, a Café Solúvel Brasília. Este time acima disputou e acabou como vice em 1976.
Em pé Pedro Lúcio, Mário Alberto, Jefeson, Vitinho, Baiano e Duca. Agachados: Chicão, Gabriel, Beto Preto, Gordo e Paulo Preto.

domingo, 5 de dezembro de 2010

AVEA: Tetracampeão Municipal em 1939

A foto acima é da AVEA de 1939. Em pé: Manfredo (técnico), Sra Aloísio Paiva (Maísa), Haroldo Roquim, Franklim, Argemiro, Aloísio Paiva, Américo Rodrigues (Ameriquinho) - lá atrás aparece o Amadeu Canalonga) -, Antonio Pimentel, Antenor Roquim, Miro Bregalda, Dr. Rosemburg. Agachados: José Geraldi, Hélio Lúcio, Pedro Viana (Pedro Feio), Dadinho (Geraldo Bueno) e Elba Paiva (mascote). Ao fundo vemos o majestoso Stadium Varginhense, a coqueluche mineira da época.
A Associação Varginhense de Esportes Atléticos - Avea, foi o grande time de Varginha nas décadas de 20 e 30. Sua fundação coincidiu com a inauguração do STADIUM VARGINHENSE. Sua diretoria era a mesma que dirigia um dos melhores estádios de futebol do Estado de Minas Gerais. Sua supremacia foi confirmada com o tetracampeonato de 1936, 1937, 1938 e 1939. Época considerada de ouro para o esporte varginhense e principalmente brasileiro. No ano de 1938 o Brasil ficava com o terceiro lugar na Copa da França e a euforia em torno do esporte mais popular do país era enorme. Os grandes ídolos nacionais dos varginhenses eram Leônidas da Silva, Patesko, Brandão, Luisinho, Afonsinho e Tim, integrantes da seleção brasileira em 1938. Aqui em Varginha, a preferência pelos melhores resultavam na escalação da Seleção Varginhense (equipe que representava a Liga Varginhense de Futebol), entre eles Quirino, que foi integrar a equipe do Flamengo do Rio de Janeiro e o "Alf Esquerdo" Argemiro, que segundo informações dos que viveram a época, teria lugar garantido em qualquer grande clube do futebol brasileiro. O pai de Argemiro não concordou que ele fosse para a capital paulista a convite de um grande clube, pois não queria que ele deixasse seus familares, com isso sua carreira não pode “decolar” e ficou apenas na memória dos que o viram jogar. Argemiro morreu no dia 13 de fevereiro de 1991, antes de completar 83 anos. Em 1990, com muita lucidez e disposição, deu uma entrevista para este repórter e contou várias histórias comoventes da época.

ARGEMIRO: O CRAQUE DO ANO
Argemiro D. Pereira, nasceu em 7/10/1908 e jogava como half-direito. Integrou várias equipes de Varginha e Seleção Varginhense. Seria um grande nome do futebol brasileiro se tivesse aceitado convites de clubes da capital paulista. Argemiro morreu antes de completar 83 anos em 13/02/1991.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Clodegano de Oliveira, o popular "Tim"

Prestamos aqui uma justa homenagem a esta pessoa batalhadora e que provou, por toda a sua vida, que seu coração batia mais forte ao falar no futebol de Varginha. Clodegano de Oliveira, o popular “Tim”, nasceu em Varginha no dia 2 de Abril de 1926, para viver todos os dias gloriosos que esta revista resume. Começou a jogar bola aos 17 anos. Em 1943, juntamente com seu irmão Zé Loirinho, integrava a equipe do América de Varginha, ficando lá até 1946. Jogou ainda no VEC, Botafogo e Flamengo. Tentou ainda uma carreira fora da cidade, quando jogou na Ferroviária de Botucatu, Bauru e Linense.
Zagueiro de destaque na equipe profissional do Flamengo, poderia ter continuado com sua carreira em clubes importantes do Brasil. Mas preferiu ficar ao lado da família e trabalhar pelo esporte varginhense.
No Flamengo, Tim chegou a ser Octacampeão Municipal como jogador, foi técnico, dirigente e diretor de patrimônio. Encerrou sua carreira no Botafogo - bicampeão em 1967 -, para assumir o cargo de diretor do Flamengo de Varginha, um “faz-de-tudo” que procurava resolver os compromissos técnicos e financeiros do clube da Rua Paraná.
Faleceu no dia 27 de Março de 1995 e deixou uma legião de amigos e admiradores de seu caráter invejável e pose de atleta nato. Valeu Clodegano de Oliveira. Valeu “sr. Tim”.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Zezé Procópio: um varginhense na Copa 1938

José Procópio Mendes, o Zezé Procópio era lateral-direito e nasceu em Varginha(MG) em 12/08/1913 e morreu em 08/02/1980 em Valença(RJ). Filho de Joaquim Procópio Mendes e Francisca Cândida Pereira. Segundo José Aloisio Paione - um apaixonado pelo futebol de Varginha - Zezé Procópio era padeiro e trabalhava na Padaria Fenoci. Continua José Aloísio: “Zezé Procópio começou jogando no Vila Nova de Nova Lima, onde foi trabalhar na Mina de Morro Velho. Depois, em 1935 foi para o CAM, quando foi Campeão Brasileiro em 1936 com: Kafunga, Florindo e Quin, Procópio, Lola e Bala, Paulista, Selado, Quará, Nicola e Resende. Em 1937 foi para o Botafogo e 1938 participou da seleção brasileira da Copa da França com Batatais, Domingos e Machado, Procópio, Martim e Afonsinho, Lopes, Romeu, Leonidas, Perácio e Hércules. Em 1940 foi para o São Paulo integrando o famoso time formado por: King, Piolim e Virgílio, Zezé Procópio, Zarzur e Noronha, Luizinho, Sastre, Leonidas, Remo e Teixeirinha. Procópio tinha um espírito de aventureiro. Depois de ser jogador foi técnico de futebol e morava em Campinas. Está enterrado em São Lourenço, MG, terra de sua mulher. Estou para visitar o seu túmulo. Ele ainda tem parentes em Varginha.”
Teve uma pequena passagem pelo Guarani da Lagoinha(BH), depois Villa Nova de Nova Lima(MG), Atlético(MG), Palmeiras e Botafogo. Foi campeão mineiro em 1933, 34 e 35 pelo Villa Nova (MG) e em 36 e 37 pelo Atlético (MG), campeão paulista pelo Palmeiras em 1940 e 42 e pelo São Paulo em 1943. Participou da Copa de 1938 na França e com a camisa do Brasil foram 20 jogos, com 10 vitórias, quatro empates e seis derrotas. Foi campeão da Copa Rocca em 1945.
No São Paulo foram 49 jogos com 36 vitórias, sete empates e seis derrotas. No Palmeiras fez 107 jogos com 74 vitórias, 18 empates, 15 derrotas. Em 1963 foi contratado como técnico da Desportiva de Guaratinguetá e depois Botafogo de Ribeirão Preto. Em 1967 e 1968 foi técnico do San Carlos Club na segunda divisão paulista.


NO PALMEIRAS
Zezé Procópio chegou ao Palmeiras vindo do Botafogo/RJ já bastante maduro – tinha 29 anos – e também muito respeitado. Afinal, quatro anos antes havia sido o titular da Seleção Brasileira na excelente campanha da Copa do Mundo da França, quando terminamos na terceira colocação. Bem melhor na marcação do que no apoio, algo que aliás pouco se esperava de um jogador de sua posição, marcou época com a camisa do Palmeiras duas vezes em que a defendeu: entre 1942 e 1945 e, após uma rápida passagem pelo São Paulo/SP, também em 1947 e 1948. É apontado até hoje como um dos mais completos jogadores de sua posição em toda a história palmeirense.


NOSSO PERSONAGEM NA COPA
Muito antes do Brasil conquistar um título mundial de futebol, a Copa de 1938 disputada na França foi a melhor participação do país na competição. Ao embarcar de navio para a Europa, a Seleção Brasileira levava a bordo vinte e dois craques. Batatais e Vàlter Goulart para o gol; Domingos da Guia, Machado, Jaú e Nariz, para a zaga; o varginhense Zezé Procópio, Martim Silveira, Afonsinho, Hermínio de Brito, Brandão e Argemiro, na linha média; Lopes, Romeu Peliciari, Leônidas da Silva, Perácio, Hércules, Roberto, Luisinho, Niginho, Tim e Patesko, no ataque. Estava alí a elite do futebol brasileiro. Este time empolgou a Europa. Curiosamente foi a primeira copa com transmissão pela rádio, na voz de Gagliano Neto, único locutor a transmitir os jogos para o Brasil.

Campanha do Brasil - COPA 1938 na França
Brasil 6x5 Polônia
1ª Fase - 5 Junho de 1938
Local: Stade de la Meinau, Estrasbourgo
Público: 13.452 pagantes
Brasil: Batatais; Domingos da Guia e Machado; Zezé Procópio, Martim e Afonsinho; Lopes, Romeu, Leônidas, Perácio e Hércules. Técnico: Adhemar Pimenta
Polônia: Edward Madejski; Wladyslaw Szczepaniak e Antonin Galecki; Wilhelm Góra, Erwin Nyc e Ewald Dytko; Ryszard Piec, Leonard Piatek, Fryderyk Scherfke, Ernest Wilimowski e Gerard Wodarz. Técnico: Josef Ignacy Kaluza.
Gols: Leônidas 18´, Fryderyk Scherfke, pênalti 23´, Romeu 25´, Perácio 44´, Ernest Wilimowski 53´ e 59´, Perácio 71´, Ernest Wilimowski 89´, Leônidas 93´e 104´e Ernest Wilimowski aos 118´.
Árbitro: Ivan Eklind (Suécia).

Brasil 1x1 Tchecoslováquia
2ª Fase - 12 de Junho de 1938
Local: State Parc de Lescure, Bordeaux
Público: 22.021 pagantes
Brasil: Wálter; Domingos da Guia e Machado; Zezé Procópio, Martim e Afonsinho; Lopes, Romeu, Leônidas, Perácio e Hércules. Técnico: Adhemar Pimenta.
Tchecoslováquia: Frantisek Planicka; Jaroslav Burgr e Ferdinand Daucik, Josef Kostálek, Jaroslav Boucek e Vlastimil Kopecky; Jan Riha, Ladislav Simùnek, Josef Ludl, Oldrich Nejedlý, Antonin Puc. Técnico: Josef Zeman.
Gols: Leônidas 30´, Oldrich Nejedlý de pênalti aos 65´.
Árbitro: Pál von Hertzka (Hungria)
Anormalidades: Expulsos Zezé Procópio aos 14´, Machado aos 89´e Jan Riha aos 89´.

Naquele tempo, quando havia empate, era marcada outra partida.
Brasil 2x1 Tchecoslováquia
Jogo de Desempate - 2ª Fase - 14 de Junho de 1938
Local: State Parc de Lescure, Bordeaux
Público: 18.141 pagantes
Brasil: Wálter; Jaú e Nariz; Brito, Brandão e Argemiro; Roberto, Luisinho, Leônidas, Tim e Patesko. Técnico: Adhemar Pimenta.
Tchecoslováquia: Karel Burkert; Jaroslav Burgr e Ferdinand Daucik, Josef Kostálek, Jaroslav Boucek e Vlastimil Kopecký; Vilem Kreuz, Vaclav Horak, Josef Ludl, Karel Senecký e Oldrich Rulc. Técnico: Josef Zeman.
Gols: Vlastimil Kopecký 25´, Leônidas aos 57´ e Roberto aos 62´.
Árbitro: George Capdeville (França).

Brasil 1x2 Itália
Semifinais - 16 de Junho de 1938
Local: Stade jean Boin “Velodrome”, Marseilles
Público: 33.000 pagantes
Brasil: Walter; Domingos da Guia e Machado; Zezé Procópio, Martim e Afonsinho; Lopes, Luisinho, Romeu, Perácio e Patesko. Técnico: Adhemar Pimenta.
Itália: Aldo Olivieri; Alfredo Foni e Pietro Rava; Pietro Serantoni, Michele Abreolo e Ugo Locatelli; Amadeo Biavati, Giuseppe Meazz, Silvio Piola, Giovanni Ferrari e Gino Colaussi. Técnico: Vittorio Pozzo.
Gols: Gino Colaussi 56´, Giuseppe Meazza de pênalti 60´ e Romeu 87´.
Árbitro: Hans Wüthrich (Suíça).

Decisão do 3º Lugar
Brasil 4x2 Suécia
Decisão do 3º lugar - 19 de Junho de 1938
Local: Parc de Lescure, Bordeaux
Público: 12.500 pagantes
Brasil: Walter; Domingos da Guia e Machado; Zezé Procópio, Martim e Afonsinho; Roberto, Leônidas, Perácio e Patesko. Técnico: Adhemar Pimenta.
Suécia: Henock Abrahamsson; Ivar Eriksson e Erik Nilsson; Erik Almgren, Arne Linderholm e Kurt Svanström e Arne Nyberg. Técnico: Joszef Nagy.
Gols: Sven Jonasson 28´, Arne Nyberg 38´, Romeu 44´, Leônidas 63´, Leônidas 74´ e Perácio aos 80´.
Árbitro: Johannes Juliana Lagenus (Bélgica).

Neste Copa (1938) a Itália foi campeã mundial de futebol. Depois disso passariam doze anos sem a disputa do troféu máximo do futebol mundial. A II Grande Guerra estava às portas - estouraria no segundo semestre de 1939 - e as equipes européias encerrariam suas atividades ao nível de competições internacionais.

Flamengo 1970 e 1971: Sem comentários

Esta é para relembrar... Como não existem fotos coloridas deste timaço que empolgou Varginha e região, trabalhei em cima desta (by photoshop) colorizando. Espero que esteja tudo de acordo.

domingo, 26 de setembro de 2010

Amadorzão 1950 a 1959

Click na foto para ver ampliada.
Times da década de 1950 do futebol amador de Varginha. São amadores  que disputavam a 2ª Divisão do organizadíssimo futebol da cidade. Enquanto o campeonato da 1ª divisão da cidade contava com equipes fortes como Flamengo, Botafogo e VEC, a segundona pegava fogo pelos campos da cidade e contava também  com os times de aspirantes dos grandes da primeirona varginhense.

sábado, 25 de setembro de 2010

Rodoviário: 3ª Divisão de Profissionais 1986

Fundado em 1958 por Geraldo Figueiredo (Presidente por 10 anos), Luiz Sério Viana, Geraldo Brito e outros elementos do DER-MG, o Rodoviário Esporte Clube disputou o Campeonato Amador até 1985. Em 1986, sob a Presidência do Sr. Sérgio Moacir Reis Bueno, profissionalizou-se e disputou a 3ª Divisão Mineira até 1988.

Baroni: Eternamente Rubro-Negro

Eis um jogador que nunca admitiu a idéia de perder. Corria os 90 minutos, gritava com os companheiros, procurando acertar o time durante, após e sempre. Não importava o placar, podia ser uma goleada, ou uma vitória simples, Antonio Osmar Braga, o Baroni, sempre teve no coração uma paixão incondicional pelo futebol. Sua carreira foi dedicada exclusivamente à história do esporte de Varginha, na maioria das vezes, sempre defendendo a camisa que tanto amou e que o fez um dos maiores jogadores que a cidade formou.

Começou, curiosamente, como goleiro no “Flamenguinho” em 1944 aos 14 anos. Depois, viu que “jogar na linha” era mais gostoso e escolheu a ponta-esquerda, já no time do AVEA - Associação Varginhense de Esportes Atléticos em 1946. Na sequência, o técnico Branco achou melhor colocá-lo para jogar lateral-esquerda, devido à suas habilidades defensivas. A experiência deu certo, durante 10 anos, Baroni fixou-se nesta posição.
Ficou no time do AVEA até 1948 e à partir daí foi para o Flamengo e ficou até encerrar sua carreira no futebol. Foi no Flamengo de 1955 que Baroni voltou a jogar ofensivamente. Com o técnico Edgard, ele jogou como centroavante para suprir a falta de um elemento no time e sua posição foi preenchida por Camilo Tavares.

Baroni destaca o Campeonato Municipal de 1953 como o mais empolgante e disputado que ele presenciou. O time do Flamengo era inesquecível. Semiprofissional, trazia em seu elenco nomes importantes do futebol da região na época. O Walter veio de São Paulo, o Fone de Formiga e os irmãos de Baependi, Vicente Toledo, Toninho Toledo e João Toledo. Tinha ainda o Tiãozinho Colombo, além dos tradicionais jogadores rubro-negros que encantavam a cidade. Um ânimo maior, foi que o Flamengo comemorava o primeiro ano da inauguração de seu estádio e do primeiro título em 1952. O time de 1953 foi bi-campeão.
No Flamengo, Baroni ainda foi Presidente em 1958 e 1959 e foi também técnico, quando o time foi octacampeão, vencendo os campeonatos de 1955, 56, 57, 58, 59, 60, 61 e 62.
Uma carreira de amor ao clube, onde procurou ajudar em todos os setores nos tempos de glórias desta agremiação varginhense.

Outro profissional da cidade: Grêmio Esportivo CBC

Varginha viu surgir outro time profissional na cidade. O time da Companhia Brasileira de Caldeiras - CBC disputou acirradamente o Torneio Sul Mineiro (Classificatório para a 1ª Divisão) da FMF - Federação Mineira de Futebol nos anos 60, e disputou ainda o Torneio Sul Mineiro de Futebol.
Um dos principais jogadores do Grêmio Esportivo CBC naquela época, era Jairo Antonio Ângelo. Ele começou a jogar no time da CBC quando tinha 16 anos. Chegou a jogar durante 3 anos no Sport Clube São José de São José dos Campos, time da divisão principal do Paulistão.
Depois de 1969, quando o imbatível Flamengo assumiu de vez a liderança entre os torcedores varginhenses, a CBC resolveu acabar com o time profissional. Depois de alguns anos, retornou como Grêmio Esportivo Princesa do Sul. A tentativa não “vingou”. O Presidente do clube era Walter Pimenta de Morais.

A melhor equipe esportiva do rádio e da TV

A Copa do Mundo de 1938 na França, quando o Brasil ficou com a 3ª colocação (a melhor posição conseguida até esta data), contou com uma novidade para os 30 milhões de brasileiros da época. Gagliano Neto foi o único locutor que transmitiu a Copa para o Brasil. A população acompanhou, emocionada, a estréia da equipe nacional contra a Polônia, vencida pelo Brasil por 6 a 5 com 4 gols de Leônidas da Silva. Era empolgante poder sentir o desenrolar das partidas de futebol através do rádio.
Em 1958, Varginha possuía uma vibrante equipe esportiva. Os “Josés” comandavam as transmissões esportivas do rádio em Varginha: José Braga Jordão, José Galvão Conde, José Ribeiro Filho (Rato) e José de Souza Pinto, além de Adjalma Guimarães, que era representante da Mesbla e fazia o “Varginha em Fóco”, narrava também jogos do Campeonato Municipal e depois foi para o Rio de Janeiro trabalhar na Rádio Nacional.
A Sociedade Rádio Clube de Varginha - ZYB-2, sempre acompanhou os times da cidade e realizou transmissões esportivas sempre que necessário. José de Souza Pinto, além de fazer locução de jogos e exercer a função de repórter de campo, comandava o programa esportivo às 19 horas na Rádio Clube.
No final dos anos 50, Varginha possuía 6 órgãos de imprensa, sendo 3 periódicos (a “Tribuna Varginhense”, o “Correio do Sul” e “A Verdade”), 3 revistas porta vozes das classes médica, estudantil e dos viajantes, e uma estação de rádio, a Sociedade Rádio Clube de Varginha, prefixo ZYB-2 e ZYV-56, com ondas curtas e longas.
Foi através dos microfones da ZYB-2 que José Galvão Conde começou sua carreira no rádio. Com sua voz empolgante e envolvente, gravava as mensagens publicitárias e participava de programas de auditório na sede da emissora. No final dos anos 60, a ZYB-2 continuou dando apoio ao esporte da cidade. Otacílio Viana e Joel Sales empolgavam o torcedor com seus gritos de gols e cobertura dos jogos do Flamengo.
Na corrida pela subida à 1ª Divisão no início dos anos 70 e durante os anos 80, os grandes batalhadores foram João Batista (Tatu), Luis Alberto de Oliveira, Fabinho e Paulo Couto, que mesmo sem muito recursos técnicos, nunca deixaram de levar ao torcedor varginhense as informações referentes ao “mais querido de Varginha”. Em 1993, Luciano Silva reforçou a equipe da Rádio Clube e ficou até 1995. Em 1979 e 1980, Jaques Franco de Carvalho comandava os “Flashes Esportivos” pelos microfones da Vanguarda FM, que tinha também Aloísio Trombini e Luis Alberto de Oliveira. Em 1983 a Vanguarda FM chegou a transmitir jogos com Ideísio Dantas, Luis Alberto de Oliveira, Aloísio Trombini e Egídio Papandréa. Em 1984 voltou os “Flashes” com Aloísio Trombini que logo criou sua “Resenha Esportiva Dominical”.
Durante os anos 90, a cobertura esportiva pela TV tinha uma equipe de peso: Targino Valias, Sérgio Avelar e Geovani Goulart (Itatiaia-BH). A equipe da TV Princesa tinha um compromisso com o torcedor varginhense, nunca deixava de mostrar o que melhor acontecia nos jogos do Flamengo, com exibição de videotapes na íntegra. Ainda, Ronaldo Trombini, da EPTV - Emissoras Pioneiras de Televisão, também fazia cobertura de todas os jogos e mantinha um programa esportivo nesta emissora.
Nestes anos, os jornais de Varginha tiveram uma participação muito importante na cobertura do futebol da cidade. O primeiro foi “O Momento” de João Liberal, depois surgiram “O Arauto do Sul” de Leopoldo Melo, “O Sul Mineiro” de Armando Nogueira, o “Correio do Sul” com Francisco Rosenburg, Mariano Campos e hoje com Antonio Carlos Medes Campos, a volta do “O Sul Mineiro” com Edson David, Jonas Trombini e Paulo Ramos, “A Tribuna Varginhense” de Oscar Pinto, “A Gazeta de Varginha” com Vilmar da Silva Neves e o “Jornal do Sul de Minas” com Benedito Nicácio.

Flamengo: Campeão da Taça Camilo Tavares em 1962

Esta foto mostra o time antes da final contra o Atlético de Três Corações, quando venceu por 3x1. Este “Torneio da Amizade” foi uma justa homenagem para Camilo Tavares, craque varginhense que morreu em 1962, vítima de um acidente automobilístico. Este torneio contava com o Canto do Rio(TC), além de Flamengo e Atlético(TC). Segundo Zézinho, autor de um dos gols, foi um jogo emocionante, onde os atletas jogaram com amor e raça, para levar o troféu para a mãe de Camilo Tavares beijar, a pedido dela mesma antes do início do jogo.

Lincoln César de Oliveira: Linquinho

Este era o time da CBC em 1962. O 4º agachado é Linquinho (Lincoln César de Oliveira). Esta foto - segundo relato de Jairo - foi a última pose deste importante personagem da história do futebol em Varginha. Foi na segunda-feira, dia 19 de novembro de 1962 que se teve notícias do desastre violento com 6 jogadores do Flamengo. O time foi jogar em Oliveira contra o Social F. C. e na volta, José Camilo Tavares, prejudicado pela neblina, projetou seu carro, um DKV num despinhadeiro. No acidente todos foram jogados para fora, menos Carlos Honório, que permaneceu no carro. Morreram Lincoln César de Oliveira (Linquinho) e José Camilo Tavares. Com ferimentos leves, Evanildo Carvalho (Taxinha), João Fagundes (João Gaúcho), Carlos Honório Ottoni e Henrique de Lorenzo, foram atendidos no hospital de Oliveira.
Linquinho e Camilo eram importantes jogadores da equipe do Flamengo até o início dos anos 60. Linquinho também jogou pelo Grêmio Esportivo CBC e em sua homenagem, o estádio de futebol da Companhia Brasileira de Caldeiras, passou a chamar-se Estádio Lincoln César de Oliveira.

Aqui a notícia divulgada na época:
“VIOLENTO DESASTRE ENLUTA FAMÍLIA VARGINHENSE - Segunda-feira dia 19 de novembro de 1962, na variante de Oliveira à Rodovia Fernão Dias com o auto DKV, de propriedade de José Camilo Tavares que o dirigia e em companhia do qual viajavam 5 colegas, todos atletas do Flamengo de Varginha que retornavam de um jogo contra o Social F.C. de Oliveira-SP. José Camilo Tavares, prejudicado pela neblina, projetou seu carro num despinhadeiro, abrindo suas portas e projetando seus ocupantes para fora, menos Carlos Honório que permaneceu dentro do veículo. Morreram o condutor José Camilo Tavares e seu colega Lincoln César de Oliveira. José Camilo era filho do vereador Gustavo Tavares da Silva e Linquinho, filho do vereador Júlio César de Oliveira."


Em homenagem a Lincoln César de Oliveira foi disputada entre Flamengo e Botafogo uma “melhor de três”. Esta foto é a do primeiro jogo: Flamengo 2 x 0 Botafogo, com dois gols de Carlos Honório. No segundo jogo, um empate em 2x2, com dois gols de Carlos Honório. No terceiro, deu Flamengo 2x1, com dois gols de Carlos Honório. Não se assuste, era assim mesmo. Ele, Carlos Honório Benedito Ottoni era mesmo um goleador. Prometia e fazia. Veio para Varginha em 1960 para trabalhar no Instituto Brasileiro do Café, mas antes, jogou no América-MG, Democrata -SL e Ferroviária de Araraquara. Jogou no Botafogo de Varginha e de Baependi, Flamengo e CBC até o final dos anos 60.
Em 1961 o Flamengo realizou um amistoso contra o Atlético-MG e empatou em 1x1. O gol do Flamengo foi marcado aos 10 do 1º tempo por Linquinho e o Atlético-MG empatou aos 43 do 1º tempo com Nilson.

AMISTOSO CONTRA ATLÉTICO MINEIRO EM 1961

Data: 7 de setembro de 1961
Flamengo(MG) 1x1 Atlético(MG)
Local: Estádio Rubro-Negro, Varginha
Árbitro: Amênio Lustosa (MG)
Flamengo: Milton; Magno e Marcelo; Evanildo, Vicente e Paulinho; Zezé I, Carlos Honório, Zezé II, Linquinho e Duza.
Atlético: Fábio; Marcelino e Bueno; Klébis, Pedrinho (Eduardo) e Dawson; Maurício (Paulo Arantes) Luis Santos, Nilson (Machadinho), Fuzil (neivaldo e Adilson. Téc.: kafunga.
Gols: Linquinho (Fla) e Nilson (Atlético)

Horacino Geraldo, o grande "Nêgo Horácio"

Dentre os jogadores de Varginha que fizeram sucesso nos grandes centros esportivos está Horacino Geraldo. Para quem nunca ouviu falar nele, ele é o “Nêgo Horácio”.
Horacino Geraldo, jogador humilde e de muito talento, fez muito sucesso no sul de Minas Gerais. Tanto que, grandes clubes estavam de olho nele. A proposta de contratação surgiu depois de um amistoso realizado em Varginha contra o Madureira(RJ). Nêgo Horácio foi considerado por todos, o melhor em campo e apesar do resultado de 2 a 2, a vitória maior foi do jogador, que foi contratado pelo Madureira. No Rio de Janeiro, Nêgo Horácio fez muito sucesso. Com o Madureira, chegou a excursionar para a Alemanha. Mas, aos 31 anos, vítima de uma doença pulmonar, foi obrigado a parar de jogar bola. Voltou para Varginha e pouco tempo depois morreu para tornar-se lenda na história do futebol da cidade.
Nêgo Horácio está presente até hoje na memória do torcedor varginhense. O estádio de futebol da Vila Barcelona, reduto do time do Libertas em 1945 e 1946, palco de grandes batalhas, hoje homenageia seu ídolo. Lá na Vila Barcelona todos já ouviram este apelido de alguma maneira. Ele virou nome de estádio naquele bairro. O famoso campo da Vila Barcelona, agora chama-se Estádio Nêgo Horácio, uma homenagem a um grande jogador que Varginha formou. Este estádio foi todo reformado pela Prefeitura Municipal na Administração Aloísio Ribeiro de Almeida.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Avea x Flamengo (RJ) em 1928

Em setembro de 1928 a AVEA promoveu uma grande festa para a sua torcida e amantes do futebol de toda nossa região. Tivemos o prazer de receber o grande Club de Regatas do Flamengo do Rio de Janeiro. A delegação chegou dia 6 às 21h40 de trem da Rede Sul Mineira e foi recebida pelos diretores do Stadium Varginhense e Diretoria da Avea, sócios e uma grande multidão que lotou a Estação Ferroviária de Varginha. Foi saudado pelo Sr. Antonio Lucio.
No dia 7, às 11 horas, a caravana visitou a cidade acompanhada por uma comissão da Avea. Às 16 horas, no Stadium, realizou-se o primeiro jogo. O estádio lotado presenciou uma estupenda vitória do time de Varginha por 3x1. À noite, a delegação compareceu a um baile que se realizou no Club de Varginha, a convite do seu presidente, Cel. Bragança, que foi pródigo de gentilezas para com a rapaziada.
No dia 8 foi realizado um churrasco no Stadium Varginhense e à noite uma sessão cinematográfica no Cine e Theatro Capitólio. No dia 9, às 11 horas, a delegação do C.R. Flamengo visitou a cidade de Elói Mendes, sendo ali carinhosamente recebida pelo Dr. Paula Pinto, Presidente do “Eloy Mendes Futebol Club” que em brilhante improviso saudou o glorioso rubro-negro.
Às 16 horas realizou a segunda partida contra um combinado sul-mineiro. Logo no início o Flamengo marca seu primeiro gol e aos 10 minutos, Fragoso marca o segundo. O time sul-mineiro reage e começa a fazer pressão até que Pinheiro marca o primeiro gol para os “Sul-Mineiros” cobrando uma penalidade máxima. O primeiro tempo termina em 2x1 para o Flamengo. Após o descanso regulamentar voltam as esquadras em campo. O jogo movimenta-se com ataques de ambos os lados e os sul-mineiros esforçam-se para desfazer a diferença. Vicentino escapa pela esquerda, dribla toda a defesa do Flamengo e perseguido por Vital passa a bola para Curió que, em linda entrada, empata a partida.
Animam-se os jogadores locais com este gol. Mais 5 minutos de jogo e Lulu escapa e marca o 3º gol dos sul-mineiros. Curió marcou o 4º gol depois de driblar os “backs” flamenguistas, mas o juiz anulou este gol. Final: Sul-Mineiros 3x2 C. R. Flamengo.
Às 20 horas realizou-se um banquete no Hotel do Comécio, tendo o Dr. Jacy de Figueiredo, orador da AVEA, levantado o brinde de honra ao Flamengo. Respondeu o Sr. Rodolpho Paixão agradecendo em nome dos visitantes. Após o banquete seguiu a embaixada para o Stadium, onde se realizou um baile, tendo se prolongado as danças até 3 horas da madrugada com muita animação e ordem.
Este é mais um episódio que engrandece a história do futebol de Varginha. Quando um time glorioso como o Club de Regatas do Flamengo resolve viajar horas e horas de trem para visitar e jogar numa cidade do interior de Minas Gerais, é porque algo de muito importante estava acontecendo por aqui. A fama que o Stadium Varginhense levava por todos os cantos do Brasil, fazia com que equipes importantes viessem jogar em nossa cidade. Mas eles não sabiam que encontrariam por aqui, um time aguerrido e de jogadores capazes de vencer qualquer grande clube do futebol brasileiro.

Nota: Para os historiadores é importante este informe. De acordo com a Folha de São Paulo, edição de 7 de setembro de 1928, o C.R. Flamengo venceu o Penarol do Uruguai, em uma partida amistosa por 2x1. (Veja recorte). Resta-nos pesquisar sobre este time do Flamengo do Rio que excursionou pela nossa região. Conforme publicação local da época, um dos principais jogadores do time carioca, Fragoso, esteve aqui e marcou um gol. Pode ser que o C.R. Flamengo realizava amistosos pelo interior do país com um time B, reforçado por alguns atletas titulares. Só assim se explica como um time do gabarito do C.R. Flamengo perde dois jogos contra times amadores do sul do Estado de Minas Gerais. 

sábado, 18 de setembro de 2010

O esquadrão do Botafogo em 1954

Um grande e empolgante campeonato foi realizado em 1954 pela Liga de Amadores  de Futebol de Varginha. Contou com 8 equipes - Varginha E. C., Botafogo, Fluminense, Flamengo, Lentini, Palmeiras, Ponte Preta e Associação Vascaína de Esportes. O título foi um dos mais disputados dos últimos anos. O Botafogo, considerado um “Esquadrão” por seus torcedores montou um grande time, revelou o jogador Duza, além de contar com a experiência de Retes e Tampinha. Realizou uma grande campanha e decidiu o título contra o VEC  numa “melhor de três” - disputadíssima. O Botafogo levou a melhor e ficou com o campeonato de 1954. Este time é lembrado até hoje pelos torcedores e adversários que viveram o acontecido. No ano de 1954, as rodadas eram realizadas aos domingos nos dois principais estádios da cidade: Sete de Setembro e Rubro-Negro.

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