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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Buzuca: Ídolo do Flamengo de Varginha

ANTONIO CARLOS MELO (Buzuca), nasceu em 08 de janeiro de 1946 em Nova Lima, Minas Gerais. Foi por lá mesmo, aos 11 anos de idade, que começou sua carreira como mirim do Villa Nova, subindo para a categoria juniores e depois como profissional. Aos 19 anos, em 1965, era jogador do América Mineiro. Neste mesmo ano foi contratado pelo Cruzeiro de Brasília, equipe integrante da 1ª Divisão do Distrito Federal. Em 1966, o diretor de eventos Joaquim Aparecido trouxe Buzuca para jogar em Varginha. No Flamengo local, começava a carreira brilhante do mais raçudo beque que já jogou por aqui. E não era só isso, ele trazia confiança aos torcedores. Naquele tempo já começava a formar a melhor equipe de futebol que o Flamengo já montou. Por aquí já estavam Zé Mauro, Julião, Paulão e Zé Carlos Generoso. No início de 1969, Buzuca foi emprestado para o Bangú para fazer uma excursão pela Europa e África. Enquanto isso, o Flamengo de Varginha se classificava para disputar seu 1º Campeonato Mineiro da 1ª Divisão. Em 1970, ele foi titular absoluto durante o Campeonato Mineiro e o Torneio de Acesso disputado no início do ano. Depois de ajudar na classificação do Flamengo seu passe foi vendido para o Bangú. Pelo clube carioca, Buzuca jogou até 1972 (pesquisando fichas técnicas do jogos do Bangú  nesta data, ví que o nosso ídolo Buzuca, por lá, era conhecido como Antonio Carlos). Com o passe livre voltou para o Sul de Minas e começou a jogar pela Associação Atlética Caldense. Em 1976 estava de volta ao América Mineiro. Em 1977 voltou para a Caldense. Em 1979 defendeu as cores do Taubaté, campeão da Divisão de Acesso do Estado de São Paulo. Em 1980 jogou pela Esportiva Guaratinguetá, 1981 pelo Santo André, 1982 e 1983, jogou pela Esportiva Sãojoanense e Palmeiras respectivamente, da cidade de São João da Boa Vista. Em 1984, Dilzon Melo (prefeito na ocasião), trouxe Buzuca para ser técnico do Flamengo de Varginha. Em 1985 e 1986, foi técnico do Rodoviário de Varginha, que disputou a 3ª Divisão de Profissionais. Buzuca, é hoje, funcionário da Secretaria de Esportes de Varginha, ele coordena os inúmeros campos e quadras de futebol da municipalidade e relembra com emoção todos os fatos passados na carreira.

sábado, 10 de abril de 2010

Um varginhense no 1.FC Köln (Colônia)



ZEZÉ - José Gilson Rodrigues, varginhense, 59 anos, nasceu em 18 de dezembro de 1942 na Vila Barcelona, bairro mais populoso da cidade naquele ano. Seu pai, foi também um dos maiores craques da história do futebol de Varginha, Américo Rodrigues (o Ameriquinho), que jogou muito tempo pelo VEC. Aos 5 anos de idade, Zezé foi com a família morar em Nova Iguacú (Estado do Rio). Participou de várias seleções vargeanas, jogou no infanto do América, Vasco e Botafogo. Teve a honra de trocar passes com grandes nomes do futebol brasileiro como Viladonica e Peçanha (Vasco) e Arlindo (Botafogo).


Mas foi no Madureira que resolveu começar a carreira aos 17 anos e agradou a todos. O clube tomou as providências necessárias e Zezé pode jogar o campeonato carioca de juvenis. Neste tempo, Zezé era amigo muito “chegado” de Horacino Geraldo, o Nêgo Horácio, outro varginhense de destaque que excursionou com o Madureira pela Europa. Eram amigos inseparáveis. Ao completar 18 anos em 1960 Zezé teve seu passe negociado (CR$ 100 mil) com a Esportiva Guaratinguetá, clube que disputava a 1ª Divisão de Profissionais do Estado de São Paulo.
No início do ano de 1964, quando preparava-se para fazer uma excursão pela Europa e Oriente, o Madureira demonstrou interesse em contar com Zezé para reforçar o time e levou-o para treinar. Plácido Monsores, que era o técnico do Madureira, gostou de Zezé, mas a Esportiva pedia Cr$ 500 mil pelo passe do jogador. Cinco vezes mais do que o Madureira tinha recebido ao vender Zezé para o clube paulista. O Fluminense mandou um emissário até Guaratinguetá para manter conversações com o atleta, mas nada ficou acertado. O “passe” de Zezé continuava preso à Esportiva e seu contrato estaria expirando somente no final de 1964.

Foi aí que entrou o empresário José da Gama, que Zezé carinhosamente o chamava de “Padrinho”, tal era o grau de amizade entre os dois. José da Gama, depois de entrar em acordo com Zezé e a Esportiva Guaratinguetá, decidiu leva-lo na delegação do Madureira que iria excursionar durante 5 meses pela Europa, Ásia e África. Juntamente com Zezé, seguiram Miguel e Nenem, para também serem negociados.
Novamente integrado ao time do Madureira em 1964, Zezé iniciou sua projeção internacional. A estreia foi em Kuala Lampur, capital da Malásia, onde realizou dois jogos. Em seguida atuou na Tailândia, Vietnam, Macau, China, Hong Kong, Índia e Irã. Foram longas e cansativas viagens de avião e trem, que levaram Zezé e o time do Madureira aos gramados da Àsia. No primeiro jogo venceu Penang Invitation XI por 5x2, depois empatou com a seleção da Malaia (2x2) e a terceira apresentação em 72 horas, o Madureira venceu a seleção de Singapura por 5x3.
O Madureira na China (Zezé está ao centro)

Por um erro de informação do próprio Zezé que me confirmou ser o Mao Tsé Tung
na foto, infomo a todos que este chinês já foi identificado como sendo um de seus assessores.


Na China, o Madureira jogou contra a seleção de Pequim, Xangai e Catonn, o que causou grande “rebu” no finado CND - Conselho Nacional de Desportos, que ameaçou eliminar o Madureira do rol das associações esportivas legais. A delegação do Madureira não tinha autorização para jogar em países comunistas. Mas não adiantou. Com o estádio lotado, o Madureira manteve a invencibilidade na sua excursão pela Ásia, ganhando de Pequim por 2x1. A impressão causada pela equipe brasileira foi tanta que a Federação de Pequim gratificou os jogadores com 50 yuanes (21 dólares - uma fortuna na época). Zezé, nesta partida, marcou os dois gols do Madureira, que relembrando Zagalo, foi escalado como ponteiro-esquerdo. O sucesso alcançado nesta excursão aumentou o assédio de grandes clubes na contratação de Zezé, não só os clubes brasileiros como também os europeus tentaram uma negociação.

O FUTEBOL ALEMÃO TEM UM NOVO ÍDOLO
Zezé revelou-se artilheiro e despertou o interesse de Sampdória e Nápoli na sua contratação. Enquanto isso, o São Paulo F.C. perdia - por contusão - seu ponta-esquerda Paraná. Zezé foi emprestado ao clube e jogou contra o Milan de Mazzola, Amarildo, Dino Sani e Germano. Esta partida terminou 1x0 para o São Paulo.


Laudo Natel, presidente do São Paulo na época, tentou comprar o passe de Zezé. A recusa do atleta foi devido ao compromisso com o empresário José da Gama que achava financeiramente melhor que ele fosse negociado com o futebol europeu.


Zezé então, foi para a Fiorentina por empréstimo. Jogou ao lado do grande Amarildo por 2 meses. Foi aclamado pela imprensa italiana como o segundo jogador brasileiro a jogar pela Fiorentina. Zezé só não foi contratado em virtude da elevada taxa de 35 milhões de liras que a entidade italiana cobrava para o registro de estrangeiros.


Em julho de 1964, ao retornar a Turim, Zezé recebe um telefonema de José da Gama que diz ter acabado de fechar contrato com o 1.FC Köln (Colônia) da Alemanha. Ganhando 300 dólares por mês, mais despesas de casa e comida. 



Zezé começou a jogar pelo Colônia, campeão da Alemanha Ocidental (antes da unificação). Zezé ficou muito satisfeito com a ida para o futebol alemão e todos que o viram jogar repetem que Zezé se transformaria na sensação do campeonato e foi o primeiro jogador brasileiro a ser contratado pelo futebol alemão. Na transação, a Esportiva Guaratinguetá ganhou cerca de dez milhões de cruzeiros.

A estreia do atacante varginhense no 1.FC Köhn (Colônia) foi contra o Trovile, da França. Ganhou o Colônia por 8x0, tendo Zezé marcado 4 gols. Na Alemanha a primeira apresentação de Zezé foi contra o Schailk 04, da cidade de Gelsenkirchen. Nova vitória do Colônia, desta vez por 2x0. Zezé novamente deixou a sua marca, fazendo um dos gols.


Zezé confessa que estranhou bastante a temperatura nos primeiros dias:  "O frio em Colônia é rigoroso, chegando a quatro graus negativos". Tem também o problema do idioma: “Como se passa mal por causa disso! Quando voltei ao Brasil poderia ter me tornado mímico, pois nunca gesticulei tanto em minha vida. Mas passei a compreender alguma coisa”, disse Zezé.



O sucesso de Zezé na Alemanha facilitou a ida de Miguel, ex-goleiro do Vasco e Botafogo para seu clube, além de abrir caminho para companheiros seus. “Fiquei muito alegre quando soube que Miguel vinha jogar no Colônia, afinal de contas, só conseguia conversar quando ia para casa, porque no clube tinha sempre que me fazer compreender por gestos e sinais”, complementa Zezé.

Em 3 de outubro de 1964 casou com Dorly da Costa Ferraz Rodrigues, que é de São Paulo. Apesar do frio, ela se adaptou muito bem e ficou muito satisfeita com o tratamento que os dois receberam. Zezé ficou no Colônia por 11 meses, sendo campeão nesta temporada e chegou a jogar contra Puskas, Mazopuste, Copas, Eusébio, Bob Moore, Bob Charlton e na despedida de Sir Stanley Matheus, jogou ao lado deste importante craque europeu.



Na Alemanha Zezé tornou-se um ídolo e foi considerado como uma das principais peças do Colônia. Seu poder de inovação fez e garantiu o sucesso do primeiro jogador brasileiro no futebol alemão.
Mas, o frio e a neve (pavor de Zezé) ajudou para que o craque não se adaptasse ao futebol alemão. Ele declarou ao desembarcar no Brasil com sua esposa Dorly, que estava grávida em maio de 1965: “... o motivo de minha desistência foi o de não ter me adaptado ao futebol alemão, que é muito violento, além de não ter resistido ao frio. Quando jogava no Colônia a tática do time era 9-1, ou seja, todos na defesa e eu sózinho atacando”, acrescentou ainda que “ultimamente a técnica do time melhorou um pouco, depois que eu expliquei a eles o que é 4-3-3.




Zezé na Fiorentina da Itália

Ao chegar no Brasil, Zezé ainda não sabia em qual time iria jogar. Antes de sua partida para a Alemanha, o São Paulo estava interessado em seu passe. Ele passou alguns dias na casa de seus pais em Nova Iguaçu só depois foi procurar o treinador do São Paulo, Otto Vieira para acertar sua transferência para aquele clube. Mas Otto Vieira estava para deixar o São Paulo e avisou Zezé para que não assinasse com o clube, pois pretendia levá-lo para a Portuguesa Santista. 


Zezé permaneceu na Portuguesa até 1967, quando estava para assinar contrato com o Palmeiras, foi procurado por um dirigente da Portuguesa para que jogasse uma partida beneficente. Foi aí que aconteceu a ruptura dos ligamentos de seu joelho, que o deixou mais de um ano sem jogar e ainda por cima, sem nenhuma garantia, nem contrato, pois ainda não tinha assinado com o Palmeiras. Foi uma fase negra na sua vida, onde foi obrigado a gastar toda sua economia de anos de luta para se manter e custear seu tratamento.

Foi no Santo André que Zezé retornou às atividades. Foi o primeiro jogador profissional a integrar aquela equipe paulista. Ficou mais de um ano parado e em 1968 retorna para mostrar sua arte em gramados brasileiros. Em 1969, ele foi negociado com o Rio Branco Sport Clube de Paranaguá. Outro time na sua carreira e que disputava a divisão principal do futebol paranaense. Mas devido à situação financeira lastimável do clube paranaense, Zezé, a vedete do Rio Branco foi negociado com outro clube de Paranaguá, o Seleto, também integrante da divisão principal do Estado.


O Atlético Paranaense estava de olho em Zezé há tempos. E na primeira oportunidade contratou o craque. Zezé foi jogar ao lado de Dijalma Santos e Sucupira. Mas, devido também a uma situação financeira delicada que o clube passava, Zezé deixou o Paraná e foi jogar no Bangú.


Em 1970, para a alegria dos varginhenses e torcedores do Flamengo, Zezé veio para Varginha e encontrou o esquadrão flamenguista, recém-campeão da Divisão de Acesso e integrou-se ao plantel. Jogou quase todas as partidas do Campeonato Mineiro de 1970. Ele também jogou em Varginha em 1961, quando ainda pertencia ao Madureira. Passou duas semanas na cidade e entre as partidas memoráveis que realizou, aponta o jogo contra o América de Nepomuceno, onde ele marcou 3 gols, Linquinho fez 2 e Dijalma também 2. Final 7x0 para o Flamengo. A respeito do futebol de Varginha, Zezé considera Nêgo Horácio, Linquinho e Duza, os melhores jogadores que ele viu jogar por aqui.


Em julho de 1970, depois da Copa do Mundo, Zezé deixou o Flamengo de Varginha e retornou para o Rio. Zezé Moreira chegou a procurá-lo e garantir colocá-lo em algum clube carioca, mas queria participação nas luvas. Zezé não se interessou e chegou a estudar uma proposta do Flamengo carioca. Mas, o seu passe ainda pertencia ao Colônia, que dispensou o jogador que sofria com uma intensa alergia pela neve e o frio. Chegou a fazer tratamento. Mas como a diretoria do clube alemão, não queria ver Zezé jogando por outro clube europeu - havia interesse do Ajax da Holanda - ficou com o passe preso e até hoje Zezé pertence ao Colônia da Alemanha.


Desgostoso com o futebol, Zezé resolver virar empresário e montou uma mercearia (Mini-Box). Em 1976 voltou para Varginha e começou a trabalhar no Solúvel, depois F.L. Smith e por fim na Via Engenharia até a aposentadoria.


No ano de 2000, seu clube na Alemanha, 1.FC Köln, comemorou 50 anos de fundação e através de uma TV VDR da Alemanha, veio buscar Zezé para ser homenageado. “Foi uma emoção e tanto”, diz Zezé. “Não sabia que a torcida do Colônia fosse lembrar de mim. Um dia estava passeando num shopping e de repente, um casal parou na minha frente e pronunciou Séssé?. Era assim que me chamavam lá. Minutos depois estava rodeado por inúmeras pessoas pedindo autógrafo e me fazendo posar para fotos. Só consegui despistar o povo, quando peguei um táxi para dar uma volta no quarteirão”.


Esta é a trajetória deste craque varginhense que foi o primeiro jogador brasileiro a jogar no futebol alemão. Vieram outros depois: Miguel, Paulo Sérgio, Tita, Jorginho, Dunga, Emerson, Ratinho, Herbert, Júlio César, Lúcio, Marcelinho Paraíba etc., mas fica registrado a inesquecível participação de Zezé pelos campos europeus jogando pelo Colônia.


A HOMENAGEM DA TV ALEMÃ
Na comemoração dos 50 anos do 1.FC Köln (Colônia) teve muita festa e entre as homenagens, o clube veio buscar Zezé para participar do Programa Im Westen Sport da TV VDR da Alemanha. No programa especial, Zezé relembrou, ao lado de craques do time da época como: Wolgang Overath, Heinz Hornig, Wolfgang Weber e Karl-Hanz Thieler, toda a sua experiência no futebol daquele país. Na entrevista, Hannes Löhr frisou que ficava impressionado com o domínio de bola do Zezé. Parecia que ele tinha um imã nos pés.



Foi um momento de alegria e emoção que Zezé diz não esquecer jamais. O carinho e o respeito do torcedor alemão ficará registrado para sempre em sua memória. Zezé faleceu em Varginha. Na foto abaixo Zezé ao lado de um torcedor alemão, quando recebeu a homenagem da TV Alemã.


quarta-feira, 7 de abril de 2010

Estádio Municipal Melão

O Estádio Municipal Prefeito Dilzon Luiz de Melo (Melão) foi inaugurado no dia 6 de Outubro de 1988. Sua construção foi iniciada e concluída na administração Dilzon Melo em um tempo recorde de 2 anos e com recursos exclusivamente municipais.

Características:
Campo 105m x 70m, 20 bilheterias, estacionamento 1.000 veículos, 13 portões de entrada/saída, Pista de Atletismo 7 raias 400m, fosso com 3 metros de largura e 4 metros de profundidade e 500 metros de extensão, 16 sanitários, 6 bares, 1 posto médico, 1 posto policial, 4 cabines de TV e 6 de rádio e 5 vestiários.

Capacidade:
Em torno de 20.000 pessoas.

Jogo inaugural:
Para a inauguração do Estádio Municipal Prefeito Dilzon Luiz de Melo, o Melão, no dia 6 de outubro de 1988, foi convidada a equipe do Atlético Mineiro para o amistoso. Eis a ficha técnica do jogo:

Flamengo VG 0x2 Atlético MG
Local: Estádio Municipal Prefeito Dilzon Luiz de Melo (Melão)
Árbitro: Ângelo Antônio Ferrari
Gols: Renato Morungaba (37´) e Luís Cláudio (81´)
Flamengo: Valdair; Nilton, Barra Mansa, Fumaça e Maércio, Sales, D`Avila (Serginho), Careca, Miranda (Paulinho), Rogério e Paulo César. Técnico: Morais
Atlético: Rômulo; Luís Cláudio, Flávio, Luisinho (Tobias) e Paulo Roberto; Éder Lopes, Marquinhos (Moacir) e Ailton (Élder); Adilson, Renato Morungaba e Ílton. Técnico: Telê Santana
Foto do jogo do América Mineiro e Uberaba realizado pelo campeonato mineiro de 2011. 


Em 1994 a Seleção Brasileira realizou o primeiro jogo da campanha vitoriosa do tetracampeonato no Estádio Melão. Venceu a Iugoslávia por 3x1. Em 2006, a seleção brasileira sub-17 fez parte da preparação para a disputa do Mundial em Varginha. Em 2007 o estádio passou por uma reforma para adaptá-lo às exigências do Estatuto do Torcedor. Seu gramado é de esmeralda imperial, mesma espécie usada no Mineirão e Maracanã. Além das partidas de futebol, o estádio Melão já recebeu jogos do Campeonato Mineiro e Brasileiro de Rugby e festivais de atletismo. Na foto abaixo, o estádio em fase final de acabamento, semanas antes de sua inauguração em 1988.

Jogo pelo Campeonato Mineiro em 27/03/2011 
América 2x3 Cruzeiro no Melão

Bastidores do jogo América 2x3 Cruzeiro em 27/março/2011


terça-feira, 6 de abril de 2010

Flamengo de Varginha

Em pé: Arnaldo; Roberto, Mauro, Totó, Duza e Beto.
Agachados: Julião, Serginho, Paulão, Marcílio e Parodi.

Fase de Classificação
Campeonato Mineiro 1971
Naquele tempo, não existia a segunda divisão, os times do interior disputavam o Torneio de Acesso, que era dividido em 3 chaves e o Flamengo de Varginha ficou na Chave Sul, que reunia os melhores times do Sul de Minas. Veja as fichas técnicas completas de todos os jogos da chave do Flamengo.

Chave C
Caldense 0x0 Atlético
Local: Poços de Caldas.
Juiz: Juan de La Pasión.
Renda: Cr$ 4 050,00.
Caldense: Nogueira; Massinha, Didi, Camilo e Zanetti; Jota Lopes (Dodo) e Serginho; Betão, Natinho, Batata e Ganzepe.
Atlético de Três Corações: Ronaldo; Roberto, Peconique, Dodô e Lúcio; Adilson e Iomar; Ari, Caca, Totó e Edson (Tabajara).

Atlético(TC) 1x1 Flamengo
Local: Três Corações.
Juiz: Doraci Jerônimo.
Renda: Cr$ 6.000,00.
Gois: Ari 45' do 1.° tempo e Julião 29' do 2.°.
Atlético: Tião; Lamparina, Tabajara, Dodo e Pedro Lúcio; Lio e Iomar; Timbira, Ari, Iaúca e Adilson.
Flamengo: Roberto; Arnaldo, Lúcio, Buzuca e Grego; Toninho e Carlos Alberto; Julião, Paulão (Serginho), Zé Mauro e Parodi.

Caldense 2x2 Flamengo
Local: Poços de Caldas.
Juiz: Joaquim Gonçalves.
Renda: não foi fornecida.
Gois: Serginho 1’ e 9' do 1.° tempo; Natinho 1’ e Nuno 3' do 2.°.
Caldense: Vermelho; Ademir, Jorge (Natinho), Canhoto e Zeneti; Jota Lopes e Serginho; Betão, Batata, Oscar Nuno e Ganzepe.
Flamengo: Eduardo; Arnaldo, Duza, Buzuca e Greco; Toninho e Carlos Roberto; Julião, Serginho, Zé Mauro (Paulão) e Parodi (Telmo).

Atlético(TC) 0x0 Caldense
Local: Três Corações.
Juiz: António Gomes.
Renda: Cr$ 3 500,00.
Três Corações: Voador; Lamparina, Tabajara, Dodô e Pedro Lúcio; Lio e lomar (Ribeiro); Mauro, Ari, laúca e Flavinho.
Caldense: Vermelho; Ademir, Jorge, Canhoto e Zeneti; Jota Lopes e Nuno; Natinho, Batata, Oscar Nuno e Ganzepe.

Flamengo 1x0 Atlético (TC)
Local: Varginha.
Juiz: Antônio Gomes.
Renda: não foi fornecida.
Gol: Sérgio 15' do 2.° tempo.
Flamengo: Eduardo; Arnaldo, Duza, Lúcio e Grego; Toninho e Carlos Roberto; Julião, Sérgio, Totó (Marcílio) e Parodi.
Atlético: Gilberto; Lamparina, Itabajara, Dodo e Hélio; Lio e lomar; Mauro (Timbira), Ari, luca e Flavinho.

Flamengo 4x1 Caldense
Local: Varginha
Renda: Cr$ 9.200,00
Gols: Parodi 38’ do 1º tempo; Grego 2’, Batata 26’, Totó 34’ e Paulão 36’ do 2º
Expulsão: Vagner e Serginho por agressão ao juiz
Flamengo: Eduardo; Arnaldo, Duza, Lúcio e Greco, Toninho e Carlos Roberto, Julião, Paulão, Parodi e Totó.
Caldense: Vermelho; Ademir, Jorge, Canhoto e Zeneti, Jota Lopes e Nuno, Natinho, Batata, Oscar e Ganzepe.

Classificação:
Chave C:
1)Flamengo, 6
2)Atlético TC, Caldense, 3

Decisão da 12º vaga:
Atlético (TC) 2 x Nacional 1
Juiz: Joaquim Gonçalves
Gols: Ari 4’ do 1º tempo; Iaúca 15’ e William 32’ do 2º

Com estes resultados, o Flamengo de Varginha ficou, mais uma vez, com o título de melhor time do sul de Minas Gerais e começa a se preparar para mais uma disputa do Campeonato Mineiro da 1ª Divisão de 1971. Ainda persistia a proibição, pela Federação Mineira de Futebol - FMF, do Flamengo poder realizar os jogos contra Atlético, Cruzeiro e América aqui em Varginha. O Estádio Rubro-negro não era bem visto pelo órgão maior do futebol profissional de nosso Estado. Com isso - como aconteceu no certame de 1970 - o Flamengo foi obrigado a realizar seus jogos de turno e returno no Mineirão, favorecendo os 3 grandes de Minas Gerais e prejudicando o nosso Flamengo e sua torcida.

sábado, 3 de abril de 2010

Bilau e seu Gol do Fantástico

Para esclarecer algumas dúvidas, taí o grande ponta Bilau que jogou pelo Flamengo de Varginha em 1980. Em jogo válido pela Taça Minas Gerais o rubronegro ficou no Grupo A. No primeiro jogo, no dia 20 de Julho de 1980, perdeu para o América Mineiro no Estádio Independência por 4 x 1. O único gol do Fla nasceu quando Vandir cobrou uma falta fazendo um lançamento onde Bilau acertou um "sem-pulo" sensacional e encheu o canto esquerdo do goleiro Hélio do América. Como já era costume da Rede Globo, através de seu semanário "Fantástico - O Show da Vida" eleger o gol mais bonito da rodada, Bilau foi o grande homenageado.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Almanacão Stadium Varginhense




Vem aí o ALMANACÃO
Pessoal, amigos e admiradores das edições da revista Stadium Varginhense, está saindo da forma uma edição completa e definitiva sobre o resgate da história do futebol de nossa cidade. Um almanaque com mais de 100 páginas será produzido com lançamento para breve. As três edições anteriores farão parte e mais uma série de artigos e fotos inéditas para completar. Este almanaque será completamente revisado - sei que vários erros escapuliram - Só agora, depois de várias pesquisas e investigações pude esclarecer as várias dúvidas que ficaram quando da confecção das edições passadas. Agradeço muito àquelas pessoas que procuraram me ajudar e muito mais às outras, que elogiaram e deram crédito. Não pude agradecer pessoalmente, mas fica registrado a minha admiração a cada um dos amigos, que, de uma maneira ou de outra, procurou, através de jornais, revistas, rádios, blogs etc, divulgar a importância deste trabalho inédito. Através deste blog, procurarei antecipar vários assuntos sobre o nosso grande Flamengo: Que está na lista dos 500 maiores clubes de futebol profissional do Brasil.

Dilson Braga
Editor

quinta-feira, 1 de abril de 2010

O melhor sulmineiro no Campeonato Mineiro de 1971


FLAMENGO DE VARGINHA

Este timaço disputou o Campeonato Mineiro da 1ª Divisão de Profissionais em 1971. Na estreia no Mineirão empatou de 0x0 com o Cruzeiro de Toninho, Eduardo, Palhinha, Vanderlei e Spencer. No segundo turno empatou de 0x0 com o Atlético no Mineirão, naquele célebre jogo em que uma lavadeira ganhou sozinha na Loteria Esportiva e cravou empate neste jogo, pensando tratar-se do Flamengo carioca. Num campeonato de turno e returno, onde o Flamengo não podia jogar em casa contra Cruzeiro, Atlético e América, venceu 5 jogos, empatou 9 e perdeu 8 vezes. Antes disso, passou pela fase de classificação, que naquele tempo chamava-se Torneio de Acesso, com vitórias estupendas sobre Caldense, Atlético TC, sagrando-se simbolicamente, campeão do sul de Minas Gerais.
Na foto acima em pé: Lúcio, Roberto, João Daúca, Carlos Roberto, Duza e Arnaldo. Agachados: Julião, Jacob, Totó, Serginho e Toninho.

Em 1971, tivemos a honra de ver a categoria de vários jogadores importantes. O grande Paulão encantava a galera com sua explosão na comemorações dos inúmeros gols que fez. Serginho era o terror deste ataque. Podemos registrar apenas um gol feito de fora da área. A bola entrou no ângulo, parecia uma cobrança de falta, mas feito através de um cabeceio. E as jogadas de Julião, Totó e Parodi, que encantavam a todos, quem não se lembra?

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