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quarta-feira, 24 de julho de 2019

Navarra 1940: o primeiro profissional


Em 1940, Varginha possuía uma empresa muito forte que era a Navarra & Irmãos, popularmente conhecida como Casa Navarra e fundada em 1912 por quatro irmãos. Começou a funcionar como oficina mecânica, caldeiraria e funilaria. Mais para a frente, além de ser representante da Ford, trabalhava com materiais para construção e eletrodomésticos. O prédio ficava à Rua Alves e Silva - veja foto acima - e até os anos 90 a Casa Navarra funcionou como loja de materiais para construção.O líder dos 4 irmãos, fundadores da Navarra & Irmãos, era Francisco Navarra, um apaixonado pelo futebol de nossa terra. Esta paixão foi a propulsora da montagem do primeiro time profissional que Varginha viu jogar: o Navarra Esporte Clube.

Foi escolhida as cores, preto e branco e contratados vários jogadores de gabarito que surpreendeu todos os habitantes da cidade. Entre eles estavam Jaime de Almeida, Quirino e o goleiro Luiz Borracha, que jogaram posteriormente no Flamengo (RJ) e Seleção Brasileira. Bibi, que saiu de Varginha rumo à Itália, naturalizou-se e jogou pela seleção italiana. Vieram ainda: Alberico e Romeu Felicori de Nepomuceno (MG). Estava montado o esquadrão do Navarra Esporte Clube, que passou a vencer todos os seus jogos, deixando os adversários desanimados e amedrontados quando enfrentavam os famosos “homens de preto”. Era nítida a diferença de categoria deste time perante os outros integrantes do campeonato municipal de Varginha.


A SURPRESA
Quando o Navarra enfrentou o Flamengo, um time recém criado, com apenas um ano de atividade e que tinha como presidente um rico e famoso fazendeiro de nossa região: Sr. João Frota, veio a primeira e única derrota do Navarra Esporte Clube. Falou-se muito pelos cantos e botecos da cidade sobre suborno - calças de tergal e chapéu, ternos e alguns contos de réis, um pacote de benefícios, que foi oferecido para cada um dos “homens de preto” amolecerem o jogo. Tudo boato e nada foi provado. Com a derrota, Francisco Navarra ficou muito revoltado e logo na segunda-feira dispensou todos os jogadores, desmanchou o time e abandonou o campeonato. Se tivesse continuado, certamente seria o campeão, pois tamanha era a superioridade do esquadrão do Navarra Esporte Clube. Neste ano, o Fluminense de Walabonso Nogueira, Targino Nogueira, João Urbano e Evaristo Carvalho foi o campeão, ao vencer na final, a Associação Varginhense de Esportes Atléticos - AVEA.
Foi uma pena ter acontecido este fato em 1940, assim teríamos mais histórias brilhantes para contar hoje. Este, talvez, tenha sido o melhor campeonato municipal que os torcedores de Varginha puderam assistir e com um time deste gabarito, teríamos muitas histórias para contar sobre os grandes jogos realizados no Stadium Varginhense.
Todos os anos, a Liga de Futebol Varginhense - LFV reunia para amistosos os melhores jogadores e formava a sua seleção. Em 1940 não poderia faltar os craques do Navarra Esporte Clube, além de jogadores do Flamengo e do AVEA, os mais importantes clubes da cidade naquele ano. Na foto acima o goleiro Luis Borracha (jogou no Flamengo-RJ e Seleção Brasileira), Canário (que em 1938 esteve no Palestra de BH), o grande craque varginhense Hélio Lúcio; Argemiro (avô deste que vos escreve) que teve uma brilhante carreira na cidade e era conhecido como “Argemiro, o quebra-canelas”, Odilon, Monge, Felipe Cruz, Camilinho, Penedo, Geraldinho, Dudu Navarra (”craque e goleador”) e Quirino (Flamengo e Seleção Brasileira). Abaixo, o recém fundado Flamengo de Varginha, o início de uma trajetória de glórias do mais famoso time de nossa cidade.


Este personagem da história do futebol mundial nasceu em Manhuaçu, Minas Gerais e encerrou sua carreira no Flamengo de Varginha/MG... Lúcio Soares, jogou até pela seleção portuguesa (dupla nacionalidade). Este é um assunto para publicação em breve. A matéria (com muitas fotos) está sendo preparada. Emocionante!

domingo, 21 de julho de 2019

Arquivos Flamengo de Varginha: 1939 a 1968



O ano era 1939, exatamente no dia 20 de junho o Flamengo de Varginha realizava seu primeiro jogo. Enfrentou o Fluminense local e venceu por 6x2 em jogo realizado no Ginásio dos Maristas. Chegou ao vice-campeonato do certame municipal. Um feito surpreendente, pois o campeonato municipal era disputado por várias equipes tradicionais e fortes como: AVEA (campeão do ano), VEC, Lentini, Palestra e vários outros.
Com a inauguração do Estádio Rubro-Negro em Varginha em 1951 o Flamengo passou a evoluir. Em pouco mais de um ano estava concluído o estádio com capacidade para 8.000 torcedores. A cabine para rádios do estádio foi construída por Francisco e Nicola Lentini, que ouviu o apelo da diretoria e fez a construção, inclusive de toda a parte elétrica.
Em 1952, o Flamengo acabou campeão pela primeira vez na cidade. Treze anos depois de sua fundação (em 1939). Em 1954, o Flamengo sentiu a força das outras equipes tradicionais de Varginha. Não conseguiu bater os times do VEC (vice) e o esquadrão do Botafogo (campeão). Neste ano o Botafogo de Varginha, conhecido como o “Clube da Estrela Solitária”, montou um super time. Sob o comando de Nonô Sales reuniu craques como: Beto Sales, Tampinha, Retes e ainda revelou Duza, um dos maiores ídolos da história do futebol de Varginha. Desde sua fundação, em março de 1939, o Flamengo era formado por jogadores da cidade, passando a ser o principal time da região nos anos 50 depois de ser reorganizado em 1947 e superar os grandes adversários da época: VEC e Botafogo. Neste período contava com jogadores profissionais e amadores. Em 1953 teve vários jogadores contratados pelo departamento profissional. Era normal que jogadores com destaque da região, passassem a trabalhar e residir na cidade, por se tratar de um grande centro futebolístico e sua economia sempre crescente, proporcionava a estes atletas, condições de seguir carreira e, ao mesmo tempo, poder jogar em clubes locais.

Nos anos 50, os destaques da equipe do Flamengo eram: os goleiros: Nicola, que segundo informações, gostava de formar a barreira na posição contrária, ele gostava de ficar de frente à bola, Gerônimo e Zozó e os jogadores Nêgo Horácio, Djalma, Carlito e Tiãozinho

Nos anos 50 também não deixamos de lembrar de Severino Xavier Ferreira (jogava no Atlético Mineiro) que veio para Varginha em 1948 para estudar e trabalhar. Jogou no Flamengo até 1953.
Nos anos que seguiram, o Flamengo venceu todos até o ano de 1961, quando chegou ao hexacampeonato. A partir daí, começou sua trajetória à profissionalização total e a luta para subir para a Divisão Principal do Campeonato Estadual. Foi uma final empolgante a de 1961. O Flamengo venceu o esquadrão da CBC por 4x0, mostrando muita classe e com esta vitória sagrou-se hexacampeão municipal. A grande vedete da tarde foi o atacante Carlos Honório, que numa tarde inspiradíssima fez balançar as redes dos cebecenses por três vezes, cabendo ao atacante Pizzo marcar o primeiro gol da decisão.
Em 1967, o grande empreendimento para concretizar o sonho de disputar o Campeonato Mineiro. A inauguração do refletores do Estádio Rubro-Negro foi uma das metas que a diretoria tinha como exigência da Federação Mineira de Futebol. Agora, jogos noturnos poderiam ser realizados em Varginha, e a equipe começava uma estruturação para fazer parte da elite do futebol mineiro. Começou então a disputar a Divisão de Acesso, a 2ª Divisão dos dias de hoje.
A passagem definitiva para o profissionalismo em Varginha, aconteceu no início dos anos 60 com a equipe do Flamengo, que aos poucos foi revelando jogadores e trazendo de outros centros, craques que iriam fazer a história deste clube.

1960 - COMEÇA A PROFISSIONALIZAÇÃO
Em 1960, fechava com chaves de ouro sua magnífica fase “semiprofissional”, chegando ao inédito hexacampeonato municipal. Em 1967 já estava inaugurando os refletores do Estádio Rubro-Negro e cumprindo a última exigência da Federação Mineira de Futebol, para que Varginha pudesse ter um time na 1ª Divisão de Profissionais.
José Braga Jordão e José Daphinis Mil-Homens Costa, os homens que comandavam o destino do Flamengo de Varginha no final dos anos 60, conseguiram com o governador de Minas Gerais, Magalhães Pinto, todos os materiais que sobraram da iluminação do Mineirão. Estas sobras foram usadas para fazer a iluminação do estádio de Flamengo, uma exigência da Federação Mineira de Futebol, para que o time pudesse participar da 1ª Divisão. Estava quase montada a estrutura para alcançar este objetivo.

Com a inauguração dos Refletores, quase que o Estádio Rubro-Negro passou a chamar-se Estádio Magalhães Pinto. Para comemorar esta grande conquista, foi disputado um “Quadrangular” com equipes da região.
Em 1968, o Flamengo de Varginha se firmava como uma grande equipe e a busca à 1ª Divisão era a prioridade de todos os dirigentes, jogadores e torcida. A Federação Mineira de Futebol incluiu o Flamengo na Divisão de Acesso em 1969 (2ª Divisão, de hoje). Na Chave Sul, tinha como adversários o Atlético de Três Corações, Cassimiro de Abreu, Sete de Setembro, Formiga, Atlétic Club, Olimpic Club e Democrata. Apenas o campeão subiria para a 1ª Divisão de Profissionais em 1970.

Veja a continuação neste blog

sábado, 20 de julho de 2019

Arquivo Flamengo de Varginha: 1969 a 1988


Foi uma campanha inesquecível este Torneio de Acesso de 1969, o Flamengo, comandado por feras como Lúcio, Zé Mauro, Toninho, Arnaldo, Mauro, Duza, Totó, Zé Carlos Generoso, Buzuca, Adilson (Presidente do Atlético TC em 2002), Julião, Tinoco etc, foi campeão absoluto desta chave. Primeiro colocado em pontos ganhos, campeão em rendas, artilharia mais positiva e o principal artilheiro do certame: Totó com 9 gols. Esta é a campanha deste time vitorioso comandado pelo “General da Vitória” Ayrton Diogo.

O ano de 1970, para os varginhenses, torcedores do Flamengo, foi de euforia e muita empolgação, afinal nosso representante estava no Campeonato Mineiro Divisão Principal e pela primeira vez disputaríamos este certame. Quem não se lembra da escalação do time do Flamengo de Varginha no início dos anos 70? Luizinho, Arnaldo, Buzuca, Mauro, Duza, Lúcio, Grimaldi, Zé Mauro, Toninho, Paulão, Carlos Alberto, Totó, Parodi, Paulão e Serginho. Este time foi, para os saudosistas, a equipe mais forte e melhor estruturada já formada por aqui. O show de bola não ficava apenas nos jogos realizados na Rua Paraná (Estádio Rubro-Negro), as goleadas impostas, eram aclamadas pelos adversários da região, que exigiam a presença do mais querido do interior de Minas Gerais para amistosos.
Na disputa do campeonato mineiro de 1970, depois de um primeiro turno fraco o time se soltou e realizou uma estupenda recuperação no returno, com vitórias em Uberlândia (1x0), Araguari (2x0 no Fluminense), Nova Lima (1x0 no Villa Nova), venceu em Varginha o Tupi (3x2), o Valério (2x0) e o Atlético (TC) por 4x1 em Varginha. Uma bela campanha para fechar o Campeonato Mineiro de 1970.

Jogos do Flamengo no Campeonato Mineiro de 1970
Flamengo 2x1 Fluminense
América 2x1 Flamengo
Cruzeiro 1x0 Flamengo
Atlético 4x1 Flamengo
Tupi 0x0 Flamengo
Vila Nova 2x1 Flamengo
Uberlândia 2x1 Flamengo
Sport 2x1 Flamengo
Flamengo 2x2 Uberaba
Atlético (TC) 1x1 Flamengo


II Turno - 1.ª Rodada - 2.° Turno
Flamengo 2x0 Fluminense
Flamengo 1x1 América
Cruzeiro 3x1 Flamengo
Atlético 3x1 Flamengo
Flamengo 3x2 Tupi
Flamengo 2x0 Valério
Flamengo 1x0 Uberlândia
Uberaba 1x0 Flamengo
Sport 2x2 Flamengo
Flamengo 4x1 Atlético(TC)


Classificação - (Pontos perdidos)
1.° Atlético 2 (campeão)
2.° Cruzeiro 13
3.° America 15
4.° Uberlândia 20
5.° Vila Nova 11
6.° Valério 22
7.° Sport 23
8.° Atlético (TC) e Flamengo 25
9.° Uberaba 27
10.° Tupi 32
11.° Fluminense 37
No início do ano de 1971, os times do interior deveriam disputar um Torneio de Acesso e garantir suas participações no Campeonato Mineiro. Neste torneio o Flamengo ficou na Chave Sul com Caldense e Atlético (TC).

Resultados:
Atlético TC 1x1 Flamengo
Local: Estádio Elias Arbex - Três Corações
Juiz: Doraci Jerônimo.
Renda: Cr$ 6.000,00.
Gois: Ari 45' do 1.° tempo e Julião 29' do 2.°.
Atlético: Tião; Lamparina, Tabajara, Dodo e Pedro Lúcio; Lio e Iomar; Timbira, Ari, Iaúca e Adilson.
Flamengo: Roberto; Arnaldo, Lúcio, Buzuca e Grego; Toninho e Carlos Alberto; Julião, Paulão (Serginho), Zé Mauro e Parodi.


Caldense 2 x 2 Flamengo
Local: Poços de Caldas
Juiz: Joaquim Gonçalves
Renda: não fornecida
Gols: Serginho 1´e 9`do 1º tempo; Natinho 1´e Nuno 3`do 2º tempo
Caldense: Vermelho; Ademir, Jorge (Natinho), Canhoto e Zeneti; Jota Lopes e Serginho, Betão, Batata, Oscar Nuno e Ganzepe.
Flamengo: Eduardo; Arnaldo, Duza, Buzuca e Greco; Toninho e Carlos Roberto; Julião, Serginho, Zé Mauro (Paulão) e Parodi (Telmo).


Flamengo 1 x 0 Atlético TC
Local: Estádio Rubro Negro - Varginha
Juiz: Antônio Gomes
Renda: não fornecida
Gol: Sérgio 15´do 1º tempo
Flamengo: Eduardo; Arnaldo, Duza, Lúcio e Greco; Toninho e Carlos Roberto; Julião, Sérgio, Totó (Marcílio) e Parodi.
Atlético TC: Gilberto; Lamparina, Itabajara, Dodô e Hélio; Lio e Iomar; Mauro (Timbira), Ari, Iaúca e Flavinho.


Flamengo 4x1 Caldense
Local: Estádio Rubro Negro - Varginha
Juiz: Joaquim Gonçalves
Renda: Cr$ 9.200,00
Gols: Parodi 38´ do 1º tempo; Greco 2, Batata 26, Totó 34` e Paulão 36´ do 2º tempo.
Flamengo: Eduardo; Arnaldo, Duza, Lúcio e Greco; Toninho e Carlos Roberto; Julião, Paulão, Parodi e Totó.
Caldense: Vermelho; Ademir, Jorge, Canhoto e Zeneti; Jota Lopes e Nuno, Natinho, Batata, Oscar e Ganzepe.
O Flamengo de Varginha classificou-se invicto para disputar o Campeonato Mineiro de 1971.

O Flamengo começou o Mineiro de 1971 surpreendendo: 0 x 0 contra o Cruzeiro de Spencer, Toninho, Eduardo, Palhinha e Vanderlei em Belo Horizonte. O outro empate em 0 x 0 (no segundo turno) contra o Atlético Mineiro no Mineirão, foi uma nova surpresa (Este jogo fazia parte da Loteria Esportiva e ajudou uma lavadeira a ganhar sózinha aquele teste, por ter “confundido” o Flamengo de Varginha com o Flamengo do Rio. Ela marcou empate). Confira os resultados do Campeonato Mineiro de Futebol de 1971 neste blog.

CLASSIFICAÇÃO PARA O CAMPEONATO MINEIRO DE 1972
Uma campanha desastrosa selou o destino do Flamengo de Varginha em 1972. Com a derrota por 1 x 0 para a Caldense em Poços de Caldas, perdeu o direito de disputar o torneio de 1972. E ainda, perdeu os pontos do jogo em que empatou Atlético(TC) em 0 x 0 por ter colocado jogador irregular. Abaixo, os resultados do Torneio de Classificação para o Campeonato Mineiro de 1972:

No final do ano de 1971, depois de ser eliminado da disputa do Campeonato Mineiro de 1972, o Flamengo realizou mais dois amistosos: FLAMENGO 2 x 0 CALDENSE - Jogo que serviu para que a diretoria da Caldense contratasse vários jogadores do Flamengo e FLAMENGO 6 x 1 XAVANTES - último jogo realizado pelo Flamengo no final do ano de 1971.


A VOLTA EM 1972
Em janeiro de 1972, Altivo Borges da Silva, presidente da Nova Diretoria do Flamengo e o presidente da Liga Municipal de Futebol, Rui Oliveira Lemos foram até Belo Horizonte para uma reunião na Federação Mineira de Futebol para tentar o ressurgimento do Flamengo. Era este o time que começou: Luiz Carlos; Ademir, Gentil, Marcos Eduardo, Luiz Dário, Edson e Pedrinho; Oscar, Joadir, Paulão, Ailson e Milton.
O primeiro compromisso foi a disputa da Taça Centenário de Poços de Caldas. O técnico do time era Clodegano de Oliveira (Tim). O Flamengo empatou o primeiro jogo (1x1) e perdeu o segundo (3x0). Seguiram vários amistosos para colocar a equipe em atividade e principalmente, jogando contra equipes de nossa região, o que era um espetáculo à parte, quando era visitante. Em agosto de 1972 assumiu interinamente a presidência do Flamengo o senhor Marcelo F. Brito, que começou imediatamente a preparação da equipe para disputar a Fase de Classificação para o Campeonato Mineiro de 1973.


O RESSURGIMENTO SEIS ANOS DEPOIS
Em 1979, seis anos depois de ter encerrado suas atividades, uma turma de adeptos do esporte mais querido, resolveu reativar o Flamengo de Varginha. O presidente Geraldo de Paula Filho (Ladinho) decidiu extinguir o Flamengo Futebol Clube e criar o Flamengo Esporte Clube. Uma autorização foi conseguida com diretor de patrimônio do extinto Flamengo F.C., para que fossem usadas as dependências do clube e em troca, seriam feitas reformas no Estádio Rubro-Negro. O técnico do time era Zezé e o plantel contratado em março de 1979 era: Arnaldo; Vandir, Tadeu, Mário Alberto e Walmir, Álvaro, Celso e Reis, Julinho, Armando e Eli. No primeiro jogo desta equipe contra o Tupi de Juiz de Fora, o Flamengo empatou em 1x1 em Varginha.



MELHOR DE TRÊS EM 1979 CONTRA ATLÉTICO (TC)
Na sequência da preparação da equipe, foi disputada uma “Melhor de Três” contra o Atlético de Três Corações. No primeiro jogo e Flamengo perdeu em Três Corações (2x1) e venceu em Varginha (2x1). O regulamento indicava o terceiro jogo para Varginha e na decisão, a diretoria do Atlético (TC) reservou uma grande surpresa para a torcida. Quando o Galo Tricordiano entrou em campo, pode-se ver os reforços do Atlético(TC), os famosos César (ex-Palmeiras), Paulo Borges e Paraná. Justificado o fato da diretoria do Atlético(TC) querer que o jogo fosse realizado no Estádio Elias Arbex. A renda foi recorde e o Atlético (TC) venceu por 2x1, com show de César e equipe.

O FLAMENGO DE VARGINHA EM 1980

Em 1980, o presidente do Flamengo, Wanderlei Corcetti, com um time praticamente com elementos da cidade, resolveu contratar novos jogadores. Vieram para Varginha Palhinha, Neneca (goleiro) e Eduardo, vindos do Cruzeiro(BH) e ainda, Lúcio do América(MG). Outros grandes jogadores foram chegando. Alves e Moacir reforçam a defesa do Flamengo. Os atacantes Kiko e Bilau (este fez o “Gol do Fantástico” - o único gol que o Flamengo fez no jogo contra o América no Estádio Independência em Belo Horizonte, quando perdeu por 4x1. Foi um belo lançamento de Vandir onde Bilau acertou um “sem-pulo” sensacional e encheu o canto esquerdo do goleiro Hélio do América).

Torneio Incentivo MG 1980

Grupo A:
Sociedade Esportiva Guaxupé - Guaxupé
América Futebol Clube - Monte Santo
Sociedade Desportiva Yuracán Futebol Clube - Itajubá
Alfenense Futebol Clube - Alfenas
Flamengo Esporte Clube - Varginha
Atlético Clube Três Corações - Três Corações

Grupo B:
Rio Branco Futebol Clube - Pará de Minas
Formiga Esporte Clube - Formiga
Vila Esporte Clube - Formiga
Nacional Futebol Clube - Uberaba
Associação Esportiva Ituiutabana - Ituiutaba
Unaí Futebol Clube - Unaí

Grupo C:
Sport Club Juiz de Fora - Juiz de Fora
Esporte Clube Democrata - Governador Valadares
Nacional Atlético Clube - Muriaé
Valeriodoce Esporte Clube - Itabira

Resultados - Primeira Fase:
23/04/1980 - Flamengo 0x0 América
27/04/1980 - Yuracan 1x0 Flamengo
04/05/1980 - Esportiva 0x1 Flamengo
11/05/1980 - Atlético TC 1x2 Flamengo
18/05/1980 - Flamengo 0x0 Atlético TC
25/05/1980 - Alfenense 1x0 Flamengo

Resultados - Octogonal Final:
15/06/1980 - Formiga 2x0 Flamengo
17/06/1980 - Flamengo 1x0 Nacional U
22/06/1980 - Flamengo 3x1 Nacional M
26/06/1980 - Vila 1x2 Flamengo
29/06/1980 - Valeriodoce 1x0 Flamengo
02/07/1980 - Flamengo 1 x 0 Esportiva
06/07/1980 - Alfenense 2 x 2 Flamengo
Valeriodoce Esporte Clube, de Itabira, campeão do Torneio Incentivo MG 1980.

Taça Minas Gerais 1980
Grupo A: Alfenense (Alfenas), América, Atlético (Três Corações), Caldense (Poços de Caldas),
Esportiva (Guaxupé), Flamengo (Varginha) e Guarani (Divinópolis).
Grupo B: Araguari, Araxá, Ateneu (Montes Claros), Nacional (Uberaba), Uberaba e Uberlândia.
Grupo C: Democrata (Governador Valadares), Nacional (Muriaé), Sport (Juiz de Fora), Tupi (Juiz de Fora), Valeriodoce (Itabira) e Villa Nova (Nova Lima).

Jogos do Flamengo:
20/07/80 - América 4x1 Flamengo
23/07/80 - Flamengo 2x1 Caldense
27/07/80 - Esportiva 2x0 Flamengo
31/07/80 - Flamengo 2x0 AtléticoTC
03/08/80 - Guarani 2x1 Flamengo
07/08/80 - Flamengo 0x1 Alfenense
10/08/80 - Flamengo 2x2 América
17/08/80 - Alfenense 3x0 Flamengo
20/08/80 - Atlético TC 2x2 Flamengo
24/08/80 - Flamengo 1x1 Guarani
28/08/80 - Flamengo 2x4 Esportiva
31/08/80 - Caldense 1x0 Flamengo

América (Grupo A), Uberaba e Uberlândia (Grupo B) e Valeriodoce (Grupo C) classificados para as semi-finais. Uberaba: Campeão da Taça Minas Gerais 1980.

SITUAÇÃO FINANCEIRA CRÍTICA
Depois da disputa da Taça Minas Gerais o presidente do Flamengo, Wanderlei Corcetti, sentindo o afastamento de vários dirigentes e com a carga de responsabilidades aumentando, colocou seu cargo em disponibilidade. Uma diretoria de 35 elementos foi reduzida para apenas 6 dirigentes. Os jogadores não recebiam os salários há mais de dois meses e o Flamengo estava devendo muito sem ter onde tirar este dinheiro. Todo sonho de continuar entre os melhores do futebol profissional de Minas Gerais acaba quando o assunto é dinheiro. Era o caos no clube da Rua Paraná. A data: 14 de junho de 1980.

PRESENTE DE GREGO by FMF
Foi dentro deste clima que veio o convite da Federação Mineira para o Flamengo disputar o Campeonato Mineiro de 1980. O Flamengo ficou no Grupo C, junto com Cruzeiro, Democrata, Esportiva Guaxupé, Araguari, Sport de Juiz de Fora e Uberlândia. No final, depois de seis jogos, pois foi disputado em apenas um turno, o Flamengo obteve 3 pontos ganhos com 0 vitória, 3 empates, 2 gols pró e 16 contra. Uma campanha melhor que Nacional de Uberaba (1 ponto) e igual Uberlândia (3 pontos) e Tupi (também 3 pontos). O vexame maior foi a derrota para o Cruzeiro no Mineirão por 11x0. O jogo foi realizado em 9 de outubro de 1980. Veja a Ficha Técnica:

2° Turno de Campeonato Mineiro - Data : 09/10/1980
Cruzeiro 11 x 0 Flamengo-VG
Local: Mineirão
Arbitragem: Hélio Cosso
Público: 13.830 torcedores
Renda: Cr$ 134.781,00
Gols: Roberto César 2 e 10 e Mauro 42 do 1º tempo; Roberto César 2 e 10, Alexandre 15, Mauro 23, Carlinhos 24, Mauro 28, Roberto César 34 e Mauro aos 42 do 2º tempo.
Cruzeiro: Luiz Antônio, Mauro Campos, Marquinhos, Geraldo (Zé Carlos) e Luiz Cosme; Mundinho (Nélio), Alexandre e Mauro; Carlinhos Sabiá, Roberto César e Jésum. Técnico: Hilton Chaves.
Flamengo-VG: Paschoal, Magela, Alves, Josias e Beto; Alcir, Jota Lopes, Julinho (Ciro) e Bilau; Palhinha (Jorge Santos) e Luisinho. Técnico: Misael
Expulsões: Josias (Flamengo)
Cartões Amarelos: Alves, Jota Lopes e Palhinha e Geraldo (C ).






EM BUSCA DA PRIMEIRA DIVISÃO
De 1981 até 1987, o Flamengo de Varginha tentou ser um dos dois times classificados para a 1ª Divisão. Em 1985, o técnico era Eugênio Bérgamo e o time: Nandinho; Márcio, Marinho, Júlio Cesar; Ademir, Mith e Miro; Marcão, Alemão e Guina. Tinha ainda o varginhense Bebeto, que tantas alegrias trouxe para a torcida varginhense.
Em 1987 o supervisor do Flamengo Walmir Vinhas e sua diretoria, conseguiram trazer para Varginha, Dario José dos Santos, o “Dario Peito de Aço”, ou “Dadá Maravilha” ou ainda, “Dadá Beija-Flor”. Não importa o apelido, ele estava iniciando uma carreira de técnico em nossa cidade e assumiu o Flamengo esperançoso de levar o time para a 1ª Divisão. A contratação fez com que a Revista Placar, na sua edição de 1º de Junho de 1987, dedicasse uma reportagem especial sobre o Flamengo.. A primeira vez que uma reportagem sobre uma equipe de Varginha era publicada em um órgão de repercussão nacional dedicado ao esporte. A segunda reportagem aconteceu 9 dias antes do Flamengo ser campeão da 2º Divisão em 1988. Nesta ocasião, a Revista Placar fez uma reportagem sobre os “Flamengos” do Brasil e Varginha foi destaque com uma página.

CAMPEÃO MINEIRO DA 2ª DIVISÃO DE 1988
Depois de buscar uma vaga para subir para a 1º Divisão durante oito anos, o Flamengo, finalmente conseguiu ser campeão em 1988, sob a presidência de Edilberto Carvalho (Coruja). Passou pela primeira fase contra Atlético(TC), Comercial de Campo Belo, Yuracan de Itajubá, Olímpica de Lavras, Pouso Alegre, Sparta de Campo Belo e Trespontano.

Na segunda fase, o Flamengo enfrentou o Aymorés de Ubá, Ituiutabana, Paraisense, Guarani de Divinópolis e Sparta de Campo Belo. Conseguiu a 1ª colocação e classificou-se para a Fase Final.
Seis clubes disputariam quem ficaria com o título e o vice-campeonato, colocação que os habilitava para o ingresso ao Campeonato Mineiro da 1ª Divisão em 1989. O Flamengo ficou em primeiro lugar, depois de enfrentar Pouso Alegre, Araxá, Atlético(TC), Democrata(GV) e Sparta de Campo Belo.



O JOGO DECISIVO NO MELÃO
Cerca de 10.000 pagantes sofreram junto com o time na decisão contra o Sparta de Campo Belo no dia 11 de dezembro de 1988. A catimba e a violência, eram as armas dos adversários. Só no segundo tempo, aos 11 minutos, quando Careca foi derrubado na área, um penal indiscutível veio aliviar a torcida. Serginho, em cobrança magistral, jogou o goleiro para um lado e a bola para o outro. Gol, 1x0.
A rodada final da Segundona de 1988 foi sensacional. Quatro equipes buscavam as duas vagas e o Flamengo era o único que dependia de si mesmo. Mas o famoso "homem da mala preta" estava em ação e o adversário recebeu uma injeção de ânimo com a promessa de prêmio para complicar as coisas para o mengão de Varginha.
A catimba, a violência e as provocações dos jogadores spartanos deu resultado no 1º tempo e a torcida calou quando, aos 26 minutos numa falta cobrada por Wagner, a bola chocou-se contra a trave direita do goleiro Valdair, mas a defesa conseguiu isolar a bola.
Todas as atenções dos torcedores estavam voltadas para Três Corações, pois Atlético x Pouso Alegre, cujo resultado interessava ao Flamengo, jogavam em clima de guerra. A torcida era toda do Atlético e também com o Araxá vencendo o Democrata.
O Flamengo voltou para o 2º tempo com o centroavante Serginho no lugar de D´Avila. Aos 11 minutos, Careca foi derrubado na área, penalti claro e indiscutível. Aos 16 minutos, Serginho "O Carrasco", em cobrança magistral, jogou o goleiro para um lado e a bola pro outro. Goooool!
Foi um delírio total, mesmo antes de terminar o jogo em Varginha, já tinha saído os resultados dos adversários e a torcida começou a gritar: É campeão... É campeão, até o apito final. E as famosas passeatas da vitória voltaram às ruas de Varginha. O grito de campeão ecoou por todo o estádio e a grande torcida flamenguista finalmente extravasava sua alegria, contida e reprimida em todos os campeonatos passados.


Ficha Técnica:
Flamengo 1x0 Sparta
Local: Estádio Dilzon Melo (Melão)
Renda: Cz$ 5.392.000,00
Público: 10.784 pagantes
Juiz: Tarciso Soares Sanches
Gol: Serginho aos 16´ do 2º tempo.
Flamengo: Valdair; Nilton, Barra Mansa, Fumaça, Maércio, Sales, D´Avila (Serginho), Careca, Miranda (Paulinho) e Rogério. Téc.: Morais.
Sparta: Ronaldo; Miguel, Pintinho, Mozer, Celso, Daniel, Cesário. Nicinho, Jurandir (Sidnei), Wagner e Geraldo. Tec.: Célio Lara.

terça-feira, 16 de julho de 2019

Quadrangular no Melão 1990



Em 1990 a diretoria do Flamengo de Varginha promoveu o melhor e mais empolgante espetáculo que o varginhense já presenciou: um Torneio Quadrangular envolvendo as equipes do Flamengo-RJ, Cruzeiro-BH, Caldense e Flamengo local. Foi um empreendimento fantástico que o presidente do Flamengo de Varginha, Walmir Vinhas e o diretor de esportes Vandir Petrin realizaram com muito sucesso. Um torneio esportivo digno de grandes centros e acompanhado por um grande público nas 2 rodadas duplas.
Logo na primeira rodada, enquanto o Cruzeiro vencia a Caldense na preliminar (4x0), o Flamengo de Varginha fazia a partida de fundo contra o Clube de Regatas Flamengo. Foi um “jogão” que terminou empatado em 2x2. Na decisão por penais, ninguém errava, até que na oitava cobrança o C. R. Flamengo marcou e Lázaro (Flamengo de Varginha) bateu com precisão, mas Zé Carlos defendeu com maestria e elasticidade. Estava escrito na história do futebol de Varginha que esta foi a partida mais emocionante já presenciada pelo torcedor da cidade. Na sequência foi disputada a segunda rodada dupla. Na preliminar Flamengo 3x1 Caldense e na grande final, o C. R. Flamengo venceu o Cruzeiro 1x0.

Dia 27/11/1990 - Rodada dupla
Estádio Municipal Dilzon Melo (Melão) - Varginha/MG

Público: 12.354

Preliminar:
Caldense 0 x 4 Cruzeiro
Árbitro: Aldo José Lobo
Gols: Luis Fernando, Heyder (2)
Caldense: Robson, Erley, Carlão, Russo e Bezerra; Paulo Bem, Lu (Marquinho) e Renê, Gilbertinho, Timbó e Flavinho. Técnico: Newton Prado
Cruzeiro: Paulo César (Pereira), Balu, Paulão, Adilson e Eduardo, Ademir, Roberson (Jerry) e Luis Fernando, Heyder, Luis Gustavo e Ramón. Técnico: Carbone

Jogo de fundo:
Flamengo-RJ 2 x 2 Flamengo-VG
Gols: Bobô e Nélio (Fla-RJ); Jairo e Everaldo (Fla-VG).
Flamengo-RJ: Zé Carlos, Ailton, Vítor Hugo(Djalminha), Rogério, Piá, Fernando(Júnior Baiano), Uidemar, Bobô, Zinho, Marcelinho e Nélio.
Flamengo-VG: Valdair (Angelo), Cebbem, Lázaro, Luiz Gustavo e Feijão, Adilson (Adalton), Jairo e Galo, Gersinho (Ivan), Zé Carlos e Ricardo Eugênio (Everaldo). Técnico: Ilzo Néri
Decisão por penaltis : 8 x 7 Flamengo-RJ
Zé Carlos, goleiro do Flamengo carioca defendeu o penal cobrado por Lázaro.


Dia 29/11/1990 - Rodada dupla
Estádio Municipal Dilzon Melo (Melão) - Varginha/MG
Flamengo-VG 3 x 1 Caldense
Flamengo-VG: Valdair (Angelo), Cebbem, Lázaro, Luiz Gustavo e Feijão, Adilson (Adalton), Jairo e Galo, Gersinho (Ivan), Zé Carlos e Ricardo Eugênio (Everaldo). Técnico: Ilzo Néri
Caldense: Robson, Erli, Carlão, Russo e Bezerra; Paulo Bem, Lu (Marquinho) e Renê, Gilbertinho, Tifor e Flavinho. Técnico: Nilton Prado.


Decisão:
Flamengo-RJ 1 x 0 Cruzeiro-MG
Árbitro: José Gontijo
Gol: Bobô
Flamengo-RJ: Zé Carlos, Ailton, Fernando, Rogério, Piá, Uidemar, Djalminha, Bobô, Zinho, Marcelinho Carioca e Nélio. Técnico: Jair Pereira
Cruzeiro: Paulo César (Pereira), Balu, Paulão, Adilson e Eduardo, Ademir, Roberson (Jerry) e Luis Fernando, Heyder, Luis Gustavo e Ramón. Técnico: Carbone.

C.R. Flamengo: Campeão do Torneio Quadrangular Varginha/MG

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Cruz Preta de Alfenas 1956

No dia 1º de novembro de 1956, o Flamengo de Varginha enfrentou o famoso esquadrão da Associação Atlética Cruz Preta de Alfenas, que muito sucesso fez nesta época na região. A origem do nome veio porque tinha uma grande cruz escura na entrada do bairro que acabou dando o nome à localidade e ao time. O clube revelou o goleiro Ita que jogou no Vasco da Gama, além de outros nomes de expressão no futebol nacional. Romeu Paulino da Costa foi o fundador de um dos maiores times de futebol do interior do Brasil. Ele também construiu o estádio que é chamado campo do América futebol Clube em Alfenas. Entre os times que jogaram contra o Cruz Preta na década de 50, destacamos o Rosário Central da Argentina (Veja ficha técnica abaixo), Fluminense do Rio, onde na época Telê Santana era um dos jogadores e o Bangú de Zizinho, que ganhou a chuteira de ouro na época.

Cruz Preta 1x1 Rosário Central (Arg.)
Data: 10 de fevereiro de 1957
Local: Alfenas (MG)
Árbitro: José Monteiro
Renda: Cr$ 130.000,00
Gols: Chiquinho 43 do 1º, Ramirez 05 do 2º.
Cruz Preta: Ita, Nenem e Marçal, Nelson Faria, Jorginho e Geraldo, Chiquinho, Cosme (Roberto), Nelsinho, Cesar e Esquerdinha
Rosário Central: Bertoldi, Biagioli e Cardoso; Alvarez, Nime e Poy; Gimenez, Chaves (Ferruel), Sanchez, Castro (La Rosa) e Ramirez. Técnico: Diaz.

O esquadrão do Flamengo de Varginha em 1956, um time amador que fora bicampeão municipal deste ano. Em pé: Eli Capeta, Pizzo, Miserê, Tim, Suco, Vicente, Paulinho, Lourenço, Nanau e José Claro. Agachados: Duza, Peixinho, Naízo, Djalma, Véia, Jandir Barbudinho e Dóca.


A vinda do Cruz Preta à Varginha
Em 1956, precisamente no dia 1º de novembro, o Flamengo patrocinou a vinda do esquadrão da Associação Atlética Cruz Preta de Alfenas. O estádio estava lotado, diz a imprensa da época, que este foi o melhor público que o Estádio Rubro Negro já presenciou. A surpresa maior foi a vitória do Flamengo por 3x1, surpreendendo a cidade e o Sul de Minas. Todos pensavam que o Flamengo iria perder, devido à vitória do time de Alfenas sobre a Ponte Preta por 1x0. Uma semana antes, o Flamengo havia perdido para a mesma Ponte Preta de Campinas por 7x1. No ínício da partida os varginhenses começaram a ter esperança de uma vitória, jogando impetuosamente, atacava fortemente e perdeu, nos 4 primeiros minutos de jogo, duas excelentes oportunidades para marcar.
Aos 10 minutos o domínio rubro negro tornou-se realidade quando Djalma, com sua característica, entrou fulminantemente na área e marcou o 1º gol. A partir daí o Flamengo agigantou-se no gramado e teve início, naquele instante, uma grande jornada para o futebol varginhense, com um triunfo que ficou para sempre registrado nos anais desportivos de Varginha e do sul de Minas Gerais.
O primeiro tempo encerrou-se com o placar de 1x0 para o Flamengo. Na segunda etapa, aos 4 minutos, Lourenço marcou contra as suas próprias redes o único tento dos cruzpretanos. Este empate deu novo ânimo ao time do Cruz Preta, que começou a jogar com maior intensidade, dando trabalho a defesa do esquadrão local. Aos 14 minutos, Dóca marcou deixando desnorteada a defesa do time alfenense. Aos 19 minutos, Dóca, o valoroso atacante flamenguista faz o terceiro gol. Quase no final do jogo, Dóca, que estava em grande dia, marcou o quarto gol, mas foi anulado pelo árbitro. Ao final, concretizou a estupenda e expressiva vitória do Flamengo de Varginha por 3x1. Os melhores jogadores do Flamengo nesta partida foram Tim, Tadeu, Djalma e Dóca.
Na época, houve uma palestra com o técnico da Cruz Preta, Sebastião Soares (Tião), que integrou as equipes do Olaria, Bonsucesso e Portuguesa de Desportos como jogador profissional. Tião falou da fibra do time do Flamengo e o quanto significava esta agremiação para a região. No final da partida, o grande público que compareceu ao Estádio Rubro Negro aplaudiu freneticamente aos jogadores do Flamengo e muitos foram carregados em triunfo pela torcida. Foi um grande feito do Flamengo, que ao abater pelo categórico escore de 3x1 o famoso esquadrão da A. A. Cruz Preta de Alfenas, um time que teve grande cartaz em todo o Estado de Minas Gerais entre os anos 60 e 70.

Ficha técnica do amistoso dia 1º de novembro de 1956
Local: Estádio Rubro Negro, Varginha
Gols: Djalma 10´ do 1º; Lourenço (contra) 4´, Dóca 14´e 19´do 2º.
Árbitro: Canelinha e Sabino (no 2º tempo)
Flamengo: Tadeu, Lourenço e Tim, Suco, Naldo e Vicente; Zé Carlos, Naíso (Pizzo), Djalma, Duza (Paulinho) e Dóca.
Cruz Preta: Estevam; Jair e Carlos; Calé, Jorge e Espigão, Roberto, Lambari, Nelson, Paparelli e Esquerdinha.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Brasileirão Série B - 2ª Rodada


BRASILEIRÃO SÉRIE B 2013 - 2ª RODADA

BRAGANTINO 0X1 BOA ESPORTE
Data: 28 de maio de 2013, (terça-feira) 
RENDA - R$ 1.448,00.
PÚBLICO - 139 pagantes.
LOCAL - Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP).
Horário: 21h50 (de Brasília) 
Arbitro: Rodrigo Batista Raposo (DF) 
Assistentes: Luciano Benevides de Sousa (DF) e Westhane Cassiano Matos (DF) 
Cartões amarelos: Serginho, Lincom, Carlinhos e Elias (Bragantino); Petros, Rodrigo Souza, Xandão, Fernando Karanga e Wallison (Boa Esporte) 
Cartão vermelho: Carlinhos (Bragantino) 
Gols: BOA ESPORTE: Rafinha, aos 34 minutos do segundo tempo
BRAGANTINO: Rafael Defendi; Diego Macedo, Álvaro, Kadu e Bruninho (Magno); Carlinhos, Serginho (Raphael Andrade), Elias e Danilo Sacramento; Léo Jaime e Lincom (Dudu) . Técnico: Mazola Júnior
BOA ESPORTE: Jonatas; Weldon Grafite, Xandão, Wallison e Airton (Rafinha); Rodrigo Souza (Kasado), Petros, Betinho e Marcelinho Paraíba; Marcelo Macedo e Fernando Karanga. Técnico: Nedo Xavier

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